O pedido de demissão de médicos aliado à falta de medicamentos e materiais têm causando transtornos a muitos pacientes da rede pública do Tocantins.
Caso de Alice
Um desses pacientes é a Alice Cordeiro, que está internada há 20 dias no Hospital Geral de Palmas (HGP) após passar mal por causa de uma pedra na vesícula.
Durante o tratamento, ainda em fevereiro, um cateter quebrou dentro do corpo da paciente, que precisou passar por uma cirurgia para retirada do equipamento. Por outro lado, o problema de saúde dela ainda não foi resolvido.
A cirurgia no pâncreas foi realizada na última terça-feira, 5, mas ela precisa de mais um procedimento que ainda não teria sido feito por falta de materiais.
“O governo não cedeu esse material para o hospital. Então, a grande demora foi para aguardar esse material chegar. Um dia eu sai na madrugada para comprar um termômetro porque não tinha”, contou a paciente
O casal tem dois filhos e o marido conta que precisou deixar as crianças com um conhecido em Paraíso do Tocantins para que a mulher precisasse fazer o tratamento.
Outro caso
Um paciente que pediu para não ser identificado está com a clavícula e três costelas quebradas. Ele conta que estava com uma consulta agendada, mas voltou para casa sem atendimento. “Falaram que os dois médicos que atuariam hoje pediram conta por causa das condições. Tinha que fazer um raio-x hoje, mas como não tem condições eu vou tentar buscar algo particular, né?”, contou o homem.
Além da falta de materiais, nesta sexta-feira, 8, só havia um médico fazendo atendimento na ortopedia do Hospital Geral de Palmas.
Outro lado
A Secretaria de Estado da Saúde informou que a paciente Alice Cordeiro já fez uma cirurgia e nesta sexta-feira vai retirar a vesícula. Afirmou ainda que não faltam materiais na unidade para realização de cirurgias.
Sobre o atendimento de médicos ortopedistas, a secretaria garantiu que a escala está normalizada e que algumas consultas de retorno estão sendo remarcadas por causa do pedido de demissão dos médicos.
*Com informações do G1