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No sol, a pé, de cavalo: em romaria readaptada nos tempos pandêmicos, devotos de todos os cantos entregam suas angústias e dores nos pés do Bonfim

Do Bonfim- Maju Cotrim

Eles estão a pé, de cavalo, de bicicleta. Uma tradição centenária que ano passado teve a programação prejudicada pela pandemia e que este ano retornou com muitos protocolos e a fé ainda mais latente de quem é romeiro.

Neste sábado, 14, centenas de pessoas se dirigiram na madrugada para o Bonfim. No santuário, aferição de temperatura na entrada, nada das tradicionais barracas ou acampamentos.

Após mais de um ano ainda mais difícil com a pandemia os romeiros fortaleceram ainda mais os laços. A cura da alma pela fé ultrapassa qualquer barreira.

A Gazeta conversou e acompanhou vários romeiros que há décadas cumprem as penitências. “Essa jornada nos acalenta a alma ainda mais agora após uma pandemia tão difícil e que deixou marcas em todos”, afirmou José Cordeiro romeiro há 17 anos.

Na missa os padres todos de máscara e também os que optaram por assistirem presencialmente. Nada de multidões. Um festejo readaptado surge mas mostra que nem mesmo um vírus é capaz de tirar a fé das pessoas.

As missas também estão sendo transmitidas on-line.

Aos pés do Nosso Senhor do Bonfim chegam desde cidadãos simples e anônimos até autoridades que também são devotos. A fé reconecta o que a pandemia ainda impede que aconteça: a normalidade.

Mesmo com a estrutura cancelada, no povoado de Natividade, a visitação ao santuário está permitida.

A romaria é a maior peregrinação religiosa do Tocantins e acontece há mais de 200 anos. No ano passado, ela precisou ser cancelada por causa da pandemia.

Antes da pandemia, o povoado chegava a reunir meio milhão de pessoas em busca de milagres ou apenas para agradecer.

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