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No Tocantins cerca de 26% das crianças estão fora do peso ideal

_Os dados são do Sistema De Vigilância Alimentar e Nutricional de 2021 do Ministério da Saúde._

Mais de um quarto dos tocantinenses com idade entre 5 e 10 anos estão acima do peso ideal, segundo os dados do Sistema De Vigilância Alimentar e Nutricional de 2021 do Ministério da Saúde (SISVAN). Aproximadamente 26% de meninos e meninas tem peso maior que o recomendado no estado, fator que pode causar diversos problemas de saúde para as crianças como diabetes, colesterol alto e pressão arterial elevada.

A obesidade infantil é uma condição que apresenta diversos fatores para seu desenvolvimento, podendo estar relacionada ao comportamento, ambiente e genética. Dentre as causas mais frequentes estão os erros na alimentação, o alto consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e carboidratos que posteriormente serão acumulados no organismo como gordura, desta maneira, aumentando o peso da criança.

A falta de movimento também contribui para o quadro do sobrepeso infantil, pois se as calorias que os pequenos ingerem na alimentação não forem gastas em atividades físicas, elas ficarão armazenadas no corpo como gordura. “A maior parte dos casos de obesidade entre as crianças são circunstâncias exógenas, ou seja, ambientais e de estilo de vida da família, principalmente atreladas a uma alimentação inadequada e ao sedentarismo. Existem outros fatores que contribuem para o sobrepeso infantil, em menor escala quando comparado ao fator anterior, como distúrbios, alterações hormonais, uso de altas doses de medicamentos, sobretudo aqueles que apresentam corticoides em sua formulação”, explica a endocrinopediatra do Sabin Medicina Diagnóstica em Palmas, Patricia Amorim.

A criança, diferentemente do adulto, não recebe o diagnóstico de obesidade atrelado apenas ao índice de massa corporal, mas sim através da curva de peso e IMC pela idade. É adequado que essa identificação esteja vinculada a exames médicos que mostrem a origem da doença e suas possíveis consequências. “A prevenção de qualquer condição médica é sempre o melhor remédio e, para obesidade infantil não seria diferente, é sempre bom os pais ou responsáveis dos pequenos estimularem uma alimentação balanceada e execução de atividades físicas, idas ao médico também contribuem para a manutenção da saúde, bem como a realização de exames de rotina” afirma a biomédica e gestora do Sabin Medicina Diagnóstica no Tocantins, Nayara Borba.

“Às vezes as pessoas atrelam a comida saudável a uma refeição sem gosto e, não é bem assim, procurando ajuda com profissionais adequados, como nutricionistas, é possível captar ideias de receitas saborosas, saudáveis e acima de tudo atrativas para cativar as crianças e fazer com que elas tenham vontade de experimentar”, complementa a endocrinopediatra, Patricia Amorim.

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