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Novo estudo de Harvard alerta sobre dietas restritivas

Entre os debates sobre a dieta mais saudável, muitos defendem protocolos já estabelecidos, como a cetogênica, mas, no final das contas, a maioria das pessoas vota pelo equilíbrio. No campo científico, muitos estudos se dedicaram a investigar qual seria a melhor opção frente a diferentes objetivos, mas ainda é difícil chegar a uma conclusão absoluta. 

Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Harvard aponta que, embora uma rotina com alto consumo de gorduras e de carboidratos possa trazer resultados piores em relação à saúde e até interferir no risco de morte, reduzir estes dois macronutrientes não deixaria o indivíduo mais saudável. Além disso, o estudo aponta que, mesmo em uma dieta restrita, se você consumir carboidratos e gorduras de alimentos pouco nutritivos, seu risco de morte tende a aumentar, comparado ao da população em geral.

Embora o foco das análises não tenha sido emagrecimento ou ganho de massa, as conclusões alertam para a importância de não se fixar apenas na quantidade de calorias consumidas, mas na qualidade dos nutrientes.

Os pesquisadores analisaram informações dietéticas de mais de 37 mil adultos norte-americanos, com a média de idade de 49,7 anos. Ao longo do estudo, 4.866 pessoas morreram. Com base nos dados coletados, a rotina alimentar dos indivíduos recebia uma pontuação baseada no consumo de carboidratos e gorduras, e também na nutrição, classificando-as como saudável ou não.

As conclusões apontam que as pessoas que tinham uma base alimentar pobre em nutrientes vindo tanto dos pães e massas, quanto dos óleos e azeite, não tinham expectativa de vida prolongada, em comparação àqueles que não seguiam nenhuma restrição nutricional. Ainda mais, aqueles que consumiam muitas fontes de carboidratos não saudáveis tinham um risco de morte 7% maior. Já aqueles que comiam muitos alimentos ricos em gordura saturada, que é considerada como a gordura ruim, enfrentavam chances de morrer 6% maiores.

As explicações encontradas afirmam que comer muitos carboidratos aumenta a inflamação do organismo e faz com que o corpo crie resistência à insulina. Tal informação vale tanto para produtos fontes do macronutriente complexo, como cereais integrais, quanto para os simples, presentes nos refinados, no processados e no açúcar. E o quadro tende a ser ainda pior se você consumir poucos carboidratos, mas optar por fontes não nutritivas.

De forma parecida, uma dieta com baixo percentual de gordura, mas que a obtém de fontes saturadas, pode contribuir para o colesterol alto e aumentar as chances de doenças e acidentes cardíacos, como o AVC.

Apesar de os resultados não serem inesperados, o estudo chama atenção para a necessidade de aumentarmos o consumo de legumes, verduras e frutas, ricos em vitaminas e minerais. Publicado no jornal acadêmico JAMA Internal Medicine, as análises atestam que é melhor manter uma dieta equilibrada e saudável se você quiser garantir benefícios a longo prazo.

fonte: Revista Casa e Jardim

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