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“O Executivo paga o preço do desajuste fiscal”, diz deputado ao defender revisão dos planos de carreira dos poderes

Maju Cotrim

Nesta semana a discussão sobre o índice de data-base dos poderes do Tocantins deve permear na Assembleia Legislativa. A Gazeta conversou com o deputado estadual Ricardo Ayres que já anos atrás fez um levantamento mostrando a disparidade salarial entre os poderes.

Anos depois e em meio à discussão ele mantém a defesa: “eu indiquei que se não fossem revistos com prudência os planos de carreira coletivamente para que coubessem dentro da situação do Estado que chegaria numa situação difícil e foi isso que acontece agora”, disse.

Segundo o parlamentar, a conta sai cara para o Executivo que teve que apresentar apenas 0,75% frente aos 3,4% de outros poderes. “Os órgãos e os poderes tiveram a condição de apresentar a data base maior e o coitado do servidor do executivo com o valor menor diante da impossibilidade de poder ter um índice à altura”, citou.

“Lá atrás há cinco anos eu alertava da necessidade de sentar à mesa e fazer o ajuste fiscal de maneira democrática para que evitasse chegar a esse ponto. 3% para um poder é uma disparidade grande… continuo defendendo a revisão dos planos de carreira e que o Estado renegocie o passivo atrasado das progressões e data base”, pontuou.

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O momento, para o parlamentar, pode ser propício para voltar à discussão da revisão dos planos de carreiras do Executivo, do Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça, Ministério Público e Defensoria Pública. “Essa discussão pode servir para remediar momentaneamente mas não alcança nem resolve o problema de forma definitiva. É preciso Rever e fazer a negociação. A Disparidade é enorme e infelizmente o poder Executivo paga o preço deste desajuste fiscal que começou lá atrás”, afirmou.

O parlamentar, que volta à AL, Após uns dias de licença médica, disse que vai se inteirar sobre os índices da data-base propostos pelos poderes e o que o governo contrapõe em razão da situação econômica do Tocantins. A proposta já passou para Comissão de Constituição e Justiça da Casa e agora está na de Finanças.

Ele defende que seja realizado um pacto entre os poderes para revisar os planos de carreira.

O governo sugere o índice de 1% para que todos colaborem com o enquadramento do Estado e ajustes das contas porém os poderes alegam ter como arcar com os índices.

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