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Oito militantes do MST são presos em acampamento às margens da TO-080; entidade contesta ação da PM

Oito militantes do MST

O coordenador do Movimento Sem Terra (MST) no Tocantins, Antônio Marcos Bandeira, contesta um ato por parte da Polícia Militar do Tocantins. Oito militantes do MST foram presos, mas liberados durante a madrugada.

Esses trabalhadores foram levados sem ordem judicial pela Polícia Militar para Paraíso do Tocantins, segundo alega o movimento, os militantes do MST estavam ainda incomunicáveis e os seus familiares aflitos, assim como a coordenação do MST e de outros movimentos sociais.

As prisões ocorreram no início da noite desta quarta-feira, 19, no acampamento Beatriz Bandeira, às margens da TO-080, no município de Marianópolis do Tocantins. Segundo a PM, foram presos uma mulher de 40 anos, e sete homens de 24, 28, 35, 37, 40, 50 e 60 anos de idade.

No domingo, 16, a Polícia Militar, segundo o movimento, tentou impedir, em uma ação realizada à noite também, a ocupação da área, que é parte da Jornada Nacional por Terra e Comida de Verdade para o Povo. Mas, com um número maior de pessoas, os trabalhadores sem terra iniciaram a montagem do acampamento na tarde dessa quarta-feira, 18.

O MST alega que a Polícia Militar não apresentou nenhuma ordem judicial de desocupação para impedir a ação dos trabalhadores, como também, nenhum ordem de prisão.

Segundo a PM, oito militantes do MST se recusaram a acatar a ordem policial e foram detidos, algemados

Oito militantes do MST foram presos; o que diz a PM

A Gazeta solicitou manifestação e posicionamento do comando da PM no Tocantins sobre o fato. E em nota, a corporação afirmou que foi acionada e informada sobre a reincidência de uma invasão e ocupação de propriedade pública às margens da TO 080, KM 208, próximo à Caseara, nas imediações da Fazenda Manchete.

Segundo a PM, ao chegar no local, a equipe colheu o relato dos envolvidos e orientou que os ocupantes se retirassem do local, os quais concordaram e pediram um tempo para retirarem os materiais que foram utilizados na construção de algumas estruturas de moradia.

Entretanto, oito militantes do MST se recusaram a acatar a ordem policial e foram detidos, algemados (em consonância com a Súmula Vinculante 11 do STF) e conduzidos juntamente com quatro aparelhos de celulares que estavam em posse deles e uma motocicleta marca Honda preta, com placa e chassi adulterados à Delegacia de Polícia Civil de Paraíso.

No local, foi lavrado o auto de prisão em flagrante em face da Lei 4.947 de 1966 (Invasão de terras da União, dos Estados e dos Municípios).

Oito militantes do MST: Segundo a PM, foram presos uma mulher de 40 anos, e sete homens de 24, 28, 35, 37, 40, 50 e 60 anos de idade.

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