Ícone do site Gazeta do Cerrado

Ópera e hip-hop na tela em Les Indes Galantes

O universo do hip-hop na ópera “Les Indes Galantes” (Crédito: Divulgação)

Um dos destaques da sexta edição do Festival Ópera na Tela é a récita Les Indes Galantes, que cria um diálogo entre a dança urbana e a canção lírica, e será projetada no dia 21, às 19h. A encenação integra a programação que traz ainda outras dez óperas, uma Gala e um balé para a tenda montada no Parque Lage, entre 13 e 24 de novembro.

Em Les Indes Galantes, o diretor Clément Cogitore, a coreógrafa Bintou Dembélé e a Opera de Paris se unem para reinventar a obra-prima barroca de Jean-Philippe Rameau, encenada pela primeira vez no Theâtre du Palais Royal em 1735. Na nova montagem estão 30 bailarinos da Compagnie Rualité, coreografados por Bintou Dembélé, que trouxe hip-hop, krump, break e voguing para a montagem. Há ainda a participação dos coros de Namur e da Ópera Nacional de Paris e da Orquestra Cappella Mediterranea, que toca sem amplificação eletrônica, acompanhada por cerca de cinquenta instrumentistas. O maestro é Leonardo García Alarcón.

Quem quiser conhecer detalhes da montagem Les Indes Galantes vai poder assistir no site do festival (http://operanatela.com), gratuitamente, entre 12 e 24 de novembro, o making-of de sua criação. O documentário Indes Galantes: o hip hop invade a (Ópera) Bastilha! levou quase dois anos para ser produzido e revela a criação do cenário, a direção dos bailarinos, os ensaios e a recepção do público e da crítica em relação à recita. Além dos bastidores, expõe também a experiência do encontro de dois mundos que normalmente não se esbarram.

 

“O que me interessa é mostrar os artistas em ação e fazer ligações entre a obra e a vida. Quando troquei pela primeira vez com Clément Cogitore (artista visual, cineasta, fotógrafo e diretor de Indes Galantes), fiquei impressionado com a clareza de seus direcionamentos e seu método, que, para mim, partem de uma proposta de um artista contemporâneo, ainda mais do que de um diretor no sentido clássico – isto num local bastante conservador, a Ópera de Paris. Isso imediatamente me fascinou”, conta o diretor Philippe Béziat. “Para mim, o grande gesto de Clément [Cogitore] é trazer para este cenário pessoas que nunca foram convidadas e fazer com que representem algo próximo do seu papel”, completa.

Publicidade

Confira e faça download das imagens do espetáculo!

 

RÉCITA LES INDES GALANTES

De Jean-Philippe Rameau – Ópera Nacional de Paris – Ópera-balé

Libreto: Luis Fuzelier

Cantada em francês

Duração: 1h53

Maestro: Leonardo García Alarcón

Diretor: Clément Cogitore

Orquestra Cappella Mediterranea, coros de Namur e da Ópera Nacional de Paris

Coreografia: Bintou Dembélé

Bailarinos: Compagnie Rualité

 

ELENCO

Hébé | Phani | Zima – Sabine Devieilhe

L’amour | Zaïre – Jodie Devos

Émilie | Fatime – Julie Fuchs

Bellone | Adario – Florian Sempey

Osman | Ali – Edwin Crossley-Mercer

 

SINOPSE Sequência de quatro dramas líricos independentes interligados por um tema exposto no prólogo: o Amor une diferentes culturas. O libreto de Louis Fuzelier inspirou-se em documentos e relatos de testemunhas sobre as “Índias”, abarcando lugares “exóticos” como a Turquia, o Peru, a Pérsia e a América do Norte. Deixando de lado os deuses e feiticeiros habituais no barroco, ele volta sua atenção para pessoas “comuns” que se apaixonam.

SOBRE O FESTIVAL

O Festival Ópera na Tela está de volta, após um ano de intervalo devido a pandemia. O Parque Lage recebe o evento entre os dias 13 e 24 de novembro na já tradicional tenda montada a céu aberto atrás do palacete criado por Henrique Lage para sua mulher, a cantora lírica Gabriela Besanzon. Será ali, na tela gigante e com som e imagem de alta qualidade, que serão projetadas 11 récitas europeias inéditasuma Gala do Teatro Alla Scala de Milao com cantores consagrados e, pela primeira vez, um baléO Corcunda de Notre Dame, da Ópera de Paris, com coreografia do consagrado coreógrafo e bailarino francês, Roland Petit, morto há dez anos.

O Festival Ópera na Tela tem produção da Bonfilm – responsável também pelo Festival Varilux de Cinema Francês – e patrocínio de Varilux, Persol, Engie, Sofitel, Servier. Os copatrocinadores são Air France, Edenred, MedRio, Naval Group, Total, Vallourec e Voltalia. O evento tem apoio institucional da Embaixada da França, da Aliança Francesa e do Consulado Alemão.

Sair da versão mobile