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Operação Ápia: maioria dos acusados de esquema de desvio continua na cadeia

Outros quatro presos na Operação Ápia da Polícia Federal deixaram a Casa de Prisão Provisória de Palmas na noite deste sábado (15), após liberação da Justiça. Entre eles os servidores Luciano Nogueira Bertazzi Sobrinho e Olímpio Pereira Furtado. Os demais não tiveram os nomes divulgados. Ao todo 15 foram presos, 7 foram liberados e 8 continuam detidos.

O ex-governador Sandoval Cardoso é um dos que seguem detidos na Casa de Prisão Provisória.

Três deles já haviam sido soltos nesta sexta-feira (14). Eles são suspeitos de integrar um esquema que desviou cerca de R$ 200 milhões de recursos federais em licitações. O ex-governador Sandoval Cardoso e outras 6 pessoas seguem presas na unidade. Além de outra pessoa que está presa no Batalhão da Polícia Militar na capital.

Dois dos presos liberados na sexta-feira, Jairo Arantes e Renato Hollunder, são ligados a empresas investigadas na operação. A terceira, Luciene da Silva Oliveira, era servidora do Estado na época dos fatos, em 2013 e 2014.

A Justiça Federal informou que a decisão pela soltura foi tomada após o Ministério Público Federal e a Polícia Federal se manifestarem favoráveis ao pedido da defesa. A justificativa é que eles não oferecem qualquer risco ao andamento das investigações.

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Os sete suspeitos que estão na CPP de Palmas vão permanecer juntos em uma mesma cela.

Esquema

Segundo informações da Polícia Federal, a organização suspeita de fraudar licitações de terraplanagem e pavimentação asfáltica no Tocantins funcionava em três núcleos compostos por políticos, servidores públicos e empresários. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões.

Entre os investigados está o ex-governador Sandoval Cardoso, que teve prisão preventiva decretada e se apresentou na noite de quinta-feira (13). Além do ex-governador Siqueira Campos, que já cumpriu um mandado de condução coercitiva e foi levado para prestar depoimento.

Segundo a investigação da PF, os recursos conseguidos através de três linhas de crédito somavam R$ 1,2 bilhão. Deste valor, a Agetrans ficou com R$ 850 milhões para investir em obras nas rodovias, mas os contratos receberam aditivos que se computados, ultrapassariam R$ 1 bilhão.

“Os editais eram recheados de cláusulas restritivas à concorrência que favoreciam empresários do grupo. Ao final se constatou que havia ajuste de preços para dividir o lote entre seis empresas. Está bem clara a existência de um cartel para o fim de fraudar as licitações e desviar dinheiro público federal”, explicou o procurador da república José Ricardo Teixeira.

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