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Operação da PF: Cenourão depõe em Uberlândia e esposa foi ouvida em Natividade; cartões são apreendidos

Operações foram deflagradas nesta terça-feira, 10

Maju Cotrim

Na nova fase das Operações da Polícia Federal nesta terça-feira, 10, o ex chefe de gabinete do ex governador Marcelo Miranda, Elmar Batista, Cenourão voltou a depor assim como sua esposa Tatiane Felix. Os dois estão dentre os seis alvos.

Ela estava em Natividade onde foi ouvida.

A Defesa de Cenourão confirmou a informação à Gazeta. “Ele estava a trabalho em Uberlândia e ele prontamente está sendo ouvido de livre e espontânea vontade dele”, explicou.

O advogado disse que ele não fez delação premiada.

“Ele não se esquivou de nenhuma pergunta. Ele só está neste processo em virtude de ter comprado um carro que estava no nome do Marcelo (ex-governador Marcelo Miranda)”, disse.

“Quando se fala em colaborar é porque ele está prestando depoimento”, esclareceu.

O ex-secretário extraordinário de Integração Governamental do Tocantins Elmar Batista Borges, conhecido como Cenourão, e a mulher dele Tatiane Felix Arcanjo, já chegaram ser presos na Operação Carotenóides da Polícia Federal suspeitos de ser ‘laranjas’ na compra de veículos, que na verdade tinham como verdadeiro dono o então governador Marcelo Miranda.

Os demais nomes ainda não foram divulgados, conforme a Gazeta apurou.

A Operação

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (10) em Palmas e Natividade para desarticular uma organização criminosa especializada em corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a PF, os suspeitos movimentavam um sofisticado esquema para acumular riquezas.


As operações Brutus e Hastati contam com 30 policiais e buscam cumprir seis mandados de busca e apreensão.


Vários cartões de crédito, de convênios e de vale alimentação foram apreendidos com os alvos.

A PF informou que após várias operações os agentes descobriram a existênciade de esquemas criminosos ligados a pessoas influentes no meio político do estado.

Segundo a polícia, os envolvidos têm poderes para “desviar recursos públicos e agir nas mais diversas frentes para garantir que as ações ilícitas se mantivessem encobertas”


As investigações apontam que a organização possui um esquema para praticar vários atos de corrupção, fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e atos de embaraço às investigações. O objetivo do grupo é a acumulação de riquezas e manutenção dos esquemas ilícitos.


Segundo a PF, as organizações criminosas movimentaram milhões através de um grupo de empresas do ramo gráfico. Os prejuízos podem ultrapassar R$10 milhões.


Se condenados, os investigados poderão responder pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos, fraudes em licitações e embaraço às investigações. Somadas as penas ultrapassam 40 anos de prisão.

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