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Operação da PF mira Carlos Bolsonaro; Computador da Abin teria sido apreendido com filho do ex-presidente

Foto de arquivo de 04/01/2019 de Carlos Bolsonaro em Brasília. — Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO

A Polícia Federal teria apreendido na manhã desta segunda-feira (29) um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O blog apurou a informação com uma fonte ligada à operação, mas a PF nega oficialmente. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo de operação de busca e apreensão, com mira em possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin.

Um segundo computador da agência foi apreendido na casa de um dos assessores de Carlos Bolsonaro que é casado com uma funcionária da Abin. Formalmente, a Polícia Federal não confirma e nem comenta a apreensão

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados. A Polícia Federal suspeita que, sob o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão:

  • Rio de Janeiro (RJ): 5
  • Angra dos Reis (RJ): 1
  • Brasília (DF): 1
  • Formosa (GO): 1
  • Salvador (BA): 1

 

A busca em Angra dos Reis ocorreu onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28). O ex-presidente e os filhos estavam no local durante esta manhã, e deixaram a casa de barco.

Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do chamado gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições – como o sistema eleitoral brasileiro.

O filho de Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação até a última atualização desta reportagem.

A Operação

A Polícia Federal realizou nesta segunda-feira (29) uma operação de busca e apreensão em uma casa em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro realizou uma live nas redes sociais no domingo (28). O ex-presidente e os filhos estavam no local durante esta manhã, e deixaram a casa de barco.

Também foram alvo da operação possíveis destinatários de informações coletadas ilegalmente pela Abin, entre eles o vereador Carlos Bolsonaro(Republicanos-RJ). A busca foi autorizada para sua residência e gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Jair Bolsonaro chega em casa de Angra dos Reis (RJ), alvo de busca e apreensão. — Foto: GloboNews/Reprodução

De acordo com uma fonte da PF, serão recolhidos celulares e aparelhos eletrônicos de todos que estão na casa, não apenas de Carlos. Ele e o ex-presidente voltaram ao local no final da manhã.

A Polícia Federal teria apreendido um computador da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com Carlos Bolsonaro . O blog apurou a informação com uma fonte ligada à operação, mas a PF nega oficialmente.

Imagem da live realizada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro neste domingo (28). — Foto: Reprodução

 

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, é quem assina a autorização para os mandados.

Mandado de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro em investigação sobre uso indevido da Abin — Foto: Arquivo pessoal

A Polícia Federal suspeita que, sob o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin atuou como um braço de coleta de informações ilegais, sem autorização judicial, e também como fonte de informações falsas, depois disseminadas por perfis de extrema direita para difamar instituições e autoridades.

Em outra frente, a Abin também teria sido acionada para blindar filhos do ex-presidente Bolsonaro de investigações da própria Polícia Federal.

Carlos Bolsonaro é vereador desde 2001 e está em seu sexto mandato consecutivo na Câmara Municipal do Rio. Ele foi apontado pelo ex-braço-direito de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, como chefe do chamado gabinete do ódio, uma estrutura paralela montada no Palácio do Planalto para atacar adversários e instituições – como o sistema eleitoral brasileiro.

Abin paralela

 

A operação desta segunda (29) é uma continuidade da ocorrida na quinta-feira (25), quando Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, foi alvo de buscas.

Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moares. Segundo a decisão, Ramagem usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entre os alvos estavam autoridades, desafetos e pessoas envolvidas em investigações contra integrantes da família, como as contra Jair Renan (suspeita de estelionato) e Flávio Bolsonaro (caso das rachadinhas).

Nesta segunda (29), o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que iria pedir ao STF a lista de parlamentares que foram monitorados pela Abin.

Fonte- G1 Política

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