A Polícia Federal do Tocantins está em nova operação já na manhã desta quinta-feira, 31, que tem alvo uma quadrilha de traficantes suspeita de realizar fretes para transportar remessas de cocaína à América Central em aviões adaptados no Brasil. O suspeito de comandar toda a logística vive em Palmas.
O operação foi batizada de ‘Tuup’ e cumpre 28 mandatos; sete de prisão temporária, seis de preventiva e 14 de busca e apreensão, e mais um de sequestro de bem de imóvel.
As prisões são no Tocantins e em mais sete estados: Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Pará, Amapá, Santa Catarina e Ceará. A decisão é do juiz João Paulo Abe, da 4ª Vara da Justiça Federal do Tocantins.
Segundo a PF, as investigações mostram que as aeronaves utilizadas pela quadrilha eram modificados em um aeródromo privado no município de Nova Ubiratã (MT) e preparados para transportar cargas de 400 a 800 kg de cocaína para outros países. O dono do espaço também é investigado pelo consentimento do uso da propriedade e por ter auxiliado a quadrilha em três ações criminosas.
A PF do Tocantins ainda descobriu que os três aviões eram queimados após a droga ser descarregada.
UM dos principais articuladores dos voos, que mora em Palmas, foi preso início do ano passado pela Polícia Civil de Goiás, mas já foi liberado.
A PF ainda informou que os aviões adquiridos pelo grupo criminoso foram registrados em nome pessoas que não têm condições financeiras que justifiquem as aquisições e não possuem relação com a atividade aeronauta, sendo utilizados como laranjas pelos criminosos.
Segundo a Polícia Federal, “as três aeronaves realizaram operações de voos irregulares e continham planos de voos fraudulentos, colocando em risco a segurança do transporte aéreo”.
O nome da operação, “Tuup”, é uma palavra de origem Maia que indica a ação de colocar ou atear fogo, conduta adotada pelo grupo investigado para eliminar possíveis procas deixados nas aeronaves utilizadas nos transportes dos entorpecentes.