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Operação Falso profeta: Pastor que prometia lucro impossível e suspeito de dar golpe em 50 mil pessoas segue preso após audiência de custódia

O pastor Osório José Lopes Júnior, de 43 anos, foragido do Distrito Federal e investigado por suposto envolvimento em golpe financeiro que prometia lucros de ‘um octilhão’ de reais às vítimas, passou por audiência de custódia em Gurupi, no sul do Tocantins e segue preso na unidade penal da cidade.

Osório foi localizado pela Polícia Civil no fim da tarde de quinta-feira (21), em um rancho localizado na região do município de Sucupira. Segundo investigações, ele chegou ao estado há uma semana acompanhado da esposa, com quem se casou recentemente. Ele desembarcou no aeroporto de Palmas e foi de carro até a propriedade rural.

A Polícia Civil do Tocantins informou que a audiência aconteceu na tarde desta sexta-feira (22). Por se tratar do cumprimento de prisão preventiva em decorrência da investigação da Polícia Civil do Distrito Federal, que deflagrou a operação ‘Falso Profeta’ na quarta-feira (20), o Judiciário Tocantinense o manteve em cárcere até que possa ser feito o recambiamento.

Sobre a transferência para a capital federal, local em que é apurado o esquema realizado por um grupo criminoso, em que é composto por 200 integrantes, incluindo dezenas de pastores, a polícia informou que ainda não há data definida. Isso depende de uma decisão da Justiça do Distrito Federal.

Ao ser questionado sobre as acusações ele respondeu: “A justiça provará para vocês. Não tenho nada a falar.” Em nota, a defesa dele afirmou que ainda não teve acesso aos autos, mas vai pedir a revogação da prisão ou um habeas corpus.

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Osório é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, sonegação fiscal e estelionatos praticados por meio cibernético.

O golpe financeiro desenvolvido pelo suposto grupo era baseado em uma teoria conspiratória conhecida como “Nesara Gesara” e os suspeitos prometiam lucro impossível aos fiéis.

As mais de 50 mil vítimas são do Brasil e até do exterior. A Polícia Civil aponta que o grupo movimentou R$ 156 milhões em 5 anos, além de criar 40 empresas “fantasmas” e movimentar mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Além de Osório, também foi presa nesta quinta-feira (21) Maria Aparecida Gomes Barbosa, 63 anos, pastora missionária suspeita de envolvimento no esquema. Ela foi localizada em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, na casa da filha.

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