A Polícia Federal acredita que o tráfico internacional de drogas, esquema desarticulado na Operação Flak, deflagrada no último dia 21, era um negócio de família. João Soares Rocha, apontado como chefe da quadrilha, o irmão dele Evandro Rocha e sobrinho Cristiano Felipe Rocha, faziam parte do esquema.
Conforme a PF o irmão e o sobrinho de João cuidavam de toda a logística e lavagem de dinehro através de garimpos e compra de cabeça de gado no estado do Pará.
Nas investigações, áudios revelou um desentendimento entre os três familiares. Em uma ligação de Evandro para o piloto Fábio Coronha, ele reclamou que João teria compensando Cristiano por voos realizados para entrega de drogas.
A conversa foi gravada em março do ano passado e em agosto, Cristiano e Evandro morreram em um acidente de avião.
- EVANDRO: Mas ele tá enrolando o Cristiano. Ele é tão filho da p***. Falou pro Cristiano: “arruma esse avião aí. Aquele verde. O abacate.” Qual que é o prefixo mesmo?
- FÁBIO: IDQ. I, IAP
- EVANDRO: “Arruma esse avião, que eu vou dar dois voos pra você.” Só que aí o avião foi, fez o voo e (ininteligível).
- FÁBIO: Ele fez o voo?
- EVANDRO: Fez um.
- FÁBIO: Porque eu fiquei sabendo que uma avião tava em pane lá dentro e eu não sabia qual que era.
- EVANDRO: Só sei que fez um. E ele não deu p**** nenhuma pro Cristinao. Entendeu?
- FÁBIO: E será por isso que deu pânico lá dentro?
- EVANDRO: Deve ser.
Código para pagamentos
A Polícia Federal (PF), disse ainda que antes de morrer, Cristiano criou um código de comunicação entre o grupo. Exemplo foi quando João Soares iria receber um pagamento do narcotraficante Luiz Carlos da Rocha, conhecido como Cabeça Branca. Cristiano mandou para o representante de ‘Cabeça Branca’ a foto de uma nota de um dólar.
Soares usou um número de série da nota como senha para que estava entregando o dinheiro para a pessoa certa. O encontro teria acontecido em um shopping da capital paulista.
*Com informações do G1 Tocantins