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Operações que afastaram Carlesse podem ter novos desdobramentos esta semana

Maju Cotrim

Conforme a Gazeta apurou nos bastidores, esta semana pode ter novos desdobramentos das operações que resultaram no afastamento do governador Mauro Carlesse e vários entes de outros cargos do governo.

Carlesse ainda será ouvido pela Polícia Federal assim que sua defesa tiver acesso a todo o processo. Novas buscas e apreensões devem ser feitas ainda em órgãos investigados.

O Governador afastado disse em vídeo que não sabe o teor das acusações e que vai provar sua inocência.

A investigação é sigilosa mas até câmeras de segurança teriam sido apreendidas pela PF na busca por imagens que possam complementar.

O afastamento

Mauro Carlesse (PSL) deve ficar fora do Governo do Tocantins pelos próximos seis meses. A determinação é do Superior Tribunal de Justiça e foi motivada por denúncias apresentadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal.

A decisão individual foi tomada pelo ministro Mauro Campbell em apuração sobre suposto pagamento de propina e obstrução de investigações. “É uma medida drástica, mas reconheço que muito necessária”, afirmou o relator.

Segundo a PF, o afastamento fez parte de duas operações complementares, que investigam:

pagamento de propina relacionada ao plano de saúde dos servidores estaduais: a investigação, que teve início há cerca de dois anos, estima que cerca de R$ 44 milhões tenham sido pagos a título de vantagens indevidas;
obstrução de investigações: A PF acredita que o governo estadual removeu indevidamente delegados responsáveis por inquéritos de combate à corrupção conforme as apurações avançavam e mencionavam expressamente membros da cúpula do estado.

Incorporação de recursos públicos desviados: dados do Coaf mostram movimentações financeiras de grandes quantias, em espécie, sem comprovação de capacidade econômica, realizadas por pessoas ligadas ao governo;
Com o afastamento de Carlesse, quem assume o Poder Executivo durante este período é o vice-governador, Wanderlei Barbosa (sem partido). Ele tomou posse ainda na quarta-feira (20) e nesta sexta decidiu exonerar parte da equipe de Carlesse, que também tinha sido afastada temporariamente pelo STJ por causa da investigação.

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