Por Marcos André Silva Oliveira
Era para ser um texto sobre Rodrigo Amendoim…
Mais uma vida que diz adeus em meio aos encantos da internet, a perfeição dos filtros, e os inúmeros discursos de empatia, solidariedade e amor ao próximo.
Somos uma geração cheia de leituras, teorias perfeitas, e que infelizmente, nem mesmo uma pandemia que ceifou milhares de vidas, conseguiu nos tornar, de fato, mais humanos.
Estamos mergulhados numa espécie de pesadelo, daqueles onde tentamos correr e não conseguimos. Dos efeitos nefastos que a internet trouxe, a vida perfeita, é talvez, o pior deles.
Num passe de mágica, todos precisam parecer felizes em tempo integral, descolados, e sem problemas. E justamente por essa situação, muitos de nós sofre calado, porque a qualquer sinal de fraqueza, nos chamam de sem fé, sem sexo, ou que precisamos apenas beber alguma coisa alcoólica.
Esse texto eu iniciei para falar do influencer Rodrigo Amendoim, e uma parte dele diria, “nos comovemos quando a depressão ceifa a vida de uma personalidade, quando na verdade ela está mais próxima do que imaginamos”.
A questão é que por medo da perfeição inexistente no outro, exitamos em pedir socorro, em tratar do lugar mais improtante em nosso corpo que é, a mente…
Hoje perdemos mais um semelhante, que a exemplo de Rodrigo Amendoim, era um jovem vindo de família humilde, cheio de sonhos e anseios…
Douglas, eu esperei os documentos para o ingresso da ação, mas, não houve tempo, não conseguimos minorar os juros e demais encargos…
No entanto, aqui, você venceu, você foi gigante, você por último, salvou a vida de uma criança. E essa é a melhor sentença, ter feito o bem.
Deus lhe receba!
*Marcos André Silva Oliveira é Professor de Língua Portuguesa, especialista em Literatura Portuguesa, Brasileira e Africana e Advogado e Especialista em Educação em Direitos Humanos.