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Organizações se unem e formam Coalizão Vozes do Tocantins por Justiça Climática

Ampliar a atuação e dar visibilidade a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais na defesa dos seus direitos e na inserção de jovens no debate global sobre justiça climática, por meio da formação conceitual e prática em ativismo aliado ao fortalecimento de suas organizações, que já realizam projetos ecossociais no Tocantins. Este é o objetivo da Coalizão Vozes do Tocantins, que é composta por 10 organizações do estado que lutam pela manutenção de seus direitos e pelo bem do ecossistema local. O projeto faz parte do Programa Vozes pela Ação Climática Justa – VAC, de âmbito nacional e internacional.

 

O Programa Vozes planeja promover um processo de formação de jovens para melhorar a compreensão sobre os conceitos e implicações das mudanças do clima, fazendo com que os mesmos sejam inseridos em debates pautados pela justiça climática, quanto de conhecimentos sobre seus direitos frente aos desafios que os cercam na atualidade. Ao final do projeto, estes jovens estarão devidamente capacitados e munidos de habilidades sociais que um ativista precisa ter para se tornar um agente de mudanças para o fortalecimento organizacional e gestão de projetos ecossociais, além da construção e ativação de ações/soluções climáticas que serão desenvolvidas no decorrer do processo.

 

Para Maurício Araújo, membro da Associação Onça D’água, que faz parte da Coalizão, o Programa Vozes permitirá a continuidade de discussões acerca das soluções e estratégias já existentes nas organizações. “Atuamos conjuntamente por um bem maior: todas as vozes serão ouvidas e as ideias colocadas em pauta para discussões construtivas, com foco na conservação dos ecossistemas e na manutenção ou expansão dos direitos dessas organizações e dos seus beneficiários”, pontua.

 

A Coalizão é composta pelas organizações: Associação Kalunga do Mimoso do Tocantins – AKMT, Associação Indígena Pyka Mex (Apinajé), Associação Cultural Kyjre (Krahô), Colônia de Pescadores e Pescadoras de Araguacema, Associação Onça D´água, Escola Família Agrícola do Bico do Papagaio, Cooperativa de Assistência Técnica Rural – COOPTER, Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais sem Terra – MST,  Universidade Federal do Tocantins – UFT (Núcleo de Estudos Rurais, Desigualdades e Sistemas Socioecológicos – NERUDS; Curso de Turismo/Arraias; Pró-reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários – PROEX)  e Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN.

 

Vozes pela Ação Climática

 

O programa Vozes pela Ação Climática Justa – VAC visa unir e apoiar coalizões da sociedade civil para uma agenda de transição climática justa e inovadora, com foco na resiliência, em especial as mulheres e jovens. Até 2025, os atores da sociedade civil (ONGs que atuam no território, organizações de base e populações locais), devem desempenhar papel central como protagonistas, inovadores, facilitadores e promotores de soluções climáticas sustentáveis para as populações amazônicas.

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