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Os detalhes do atentado contra prefeito: Morte foi encomendada antes do Natal, executor já confessou e vice nega richa

Coletiva de Imprensa da Polícia Civil sobre o caso do prefeito de Novo Acordo

Rogério Tortola- Gazeta do Cerrado

Os delegados responsáveis pela investigação da tentativa de assassinato contra o prefeito de Novo Acordo, Elson Lino de Aguiar,  deram detalhes sobre o crime em uma coletiva de imprensa no início da noite desta quinta-feira, 10.

Segundo Diogo Fonseca, titular da delegacia de Porto Nacional, os três suspeitos do caso foram presos em flagrante, inclusive o vice-prefeito, Leto Moura Leitão Filho, conhecido como Letinho. Todos os suspeitos vão ser encaminhados a CPPP.

Vice-prefeito de Novo Acordo – Dvulgação

O executor é um jovem de 18 anos, chamado Gustavo, ele foi contratado por um intermediário de nome Paulo Henrique, proprietário de uma empresa de vigilância, ambos moram em Palmas.

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A arma usada no crime seria um revolver calibre 32, foram feitos seis disparos, três falharam e outros três atingiram o gestor.

“Se todos os disparos tivessem tido êxito o atual prefeito não estaria vivo”, destacou o delegado Diogo.

Suspeito de executar o crime – Divulgação – Polícia Civil

Eles confessaram o crime e apontaram o vice-prefeito de Novo Acordo como mandante, Letinho continua negando a participação, mas para a polícia não há duvidas da participação dele.

A motivação seria política, o atual prefeito, Elson Lino de Aguiar, teria se recusado a fazer repasses de desvios na prefeitura da ordem de R$ 800 mil.

Letinho teria contratado a execução por R$ 10 mil e está seria a segunda tentativa. Em dezembro outros criminosos teriam sido contratados para assassinar o prefeito, mas se envolveram em uma confusão com polícia de Ponte Alta o que teria frustrado o crime, segundo os delegados.

O delegado que coordenou as investigações disse ainda que um terceiro atentado teria sido encomendado.

“O primeiro atentando foi encomendado por R$ 4 mil ainda em 2018, mas os pistoleiros não chegaram a ir até a cidade. No segundo ataque, desta quarta, o pagamento combinado seria de R$ 10 mil. Quando viram que o prefeito não tinha morrido, ele prometeu então R$ 20 mil para que eles voltassem e terminassem a tarefa após ele sair do hospital”.

Isto revela, portanto outro crime, o de desvio de recursos da prefeitura de Novo Acordo, que vai ser investigado em um outro momento.

A polícia tem 10 dias para concluir o inquérito, o jovem Gustavo seria do comando vermelho e ainda confessou outro crime, a Denarc já monitorava ele, por diversos ilícitos.

Assista aqui o vídeo da Gazeta com fala do delegado sobre os detalhes!

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