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Outros dois gabinetes podem estar envolvidos no esquema de funcionários fantasmas, diz delegado

Secretaria de Segurança Pública - Divulgação

A cúpula da Polícia Civil reuniu a imprensa mais uma vez, na tarde desta quarta-feira, 19, para dar mais detalhes sobre o desdobramento da Operação Catarse que prendeu pela manhã, três funcionários do gabinete do deputado estadual Valdemar Junior (MDB).

Segundo o delegado Cassiano Oyama, que está à frente das investigações, juntamente com o delegado, Gregory Almeida Alves Monte, a prisão preventiva foi necessária já que os funcionários estariam prejudicando o andamento da operação.

As investigações tiveram início após denúncia anônima e apura um possível esquema de devolução de valores para pessoas de dentro do gabinete. Nenhum valor foi repassado diretamente ao parlamentar.

“Verificou-se que não eram apenas funcionários que deixaram de trabalhar, mas um esquema de devolução de parte do vencimento”, disse Oyama.

As investigações já se estenderam para outros gabinetes, segundo o delegado, pelo menos mais dois estariam na mira da operação.

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Nenhum funcionário fantasma foi preso, e as investigações não teriam chegado até os deputados, mas a núcleos abaixo deles.

Todo o processo corre em sigilo e pelo excesso de denúncias tem causado perplexidade, tanto para Polícia Civil, como para o Ministério Público Estadual, segundo os delegados.

Agora os delegados têm 10 dias para concluir as investigações e não foi revelada a quantidade de funcionários que estão nesta situação, eles acreditam que esta prática acontece desde o início do mandato.

Sobre uma possível tensão entre Polícia Civil e Executivo e Legislativo o delgado Oyama reconhece uma tensão. “Existe realmente uma tensão, mas os delegados gozam de uma inamovibilidade que garante que não podem ser transferidos, o que garante a continuidade das investigações”, disse Cassiano.

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