Ícone do site Gazeta do Cerrado

Pacientes sofrem com falta de medicamentos em hospitais do Tocantins

Ainda faltam medicamentos para pacientes que estão em tratamento de oncologia
nos hospitais do Tocantins. A informação foi confirmada pela Defensoria
Pública do Estado do Tocantins que atende pacientes que necessitam de tais
medicamentos e procuram a Justiça para solucionar o caso, em reunião com o
defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, 30ª Defensoria Pública de Saúde e
do NUSA – Núcleo Especializado em Defesa da Saúde, na sexta-feira, 9. O
objetivo foi o de relatar as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que
necessitam de tratamento oncológico no Estado.

Conforme os pacientes, ainda estão em falta os medicamentos Herceptin e
Anastrazol e não há previsão de chegada. Tais medicamentos são essenciais para
o tratamento dos pacientes, porém, não há como adquiri-los de forma
particular, visto que a medicação tem custo de aproximadamente R$ 15 mil por
dose e que cada paciente deve tomar 17 doses, sendo uma a cada 21 dias. Os
pacientes relataram ainda que o tratamento de radioterapia não está sendo
realizado no Tocantins, sendo encaminhados para realizar a radioterapia no
Maranhão, na cidade de Imperatriz.

Os depoimentos dos pacientes foram colhidos pela equipe do Nusa – Núcleo
Especializado de Defesa da Saúde para elaboração de relatório e providências
jurídicas. Além disso, foi solicitado ainda consulta NAT – Núcleo de Apoio
Técnico em Saúde, da Sesau – Secretaria Estadual de Saúde, informações sobre
quem é o ente responsável pelo fornecimento do fármaco, sobre as portarias
regulamentadoras e políticas públicas e informações sobre a atenção integral
aos pacientes oncológicos.

Entenda o Caso
A falta de medicamentos oncológicos nos hospitais públicos do Estado é um
problema antigo. Ainda no mês de setembro de 2016, a Defensoria Pública do
Tocantins o MPE – Ministério Público do Estado do Tocantins, em atuação
conjunta, propuseram uma Ação Civil Pública em virtude da constante falta de
medicamentos para tratamento oncológico. A Ação foi deferida no mês de outubro
do ano passado e foi determinado o prazo de 15 dias para regularização.

Publicidade

Conforme os pacientes tornou-se prática habitual a indisponibilidade de
medicamentos oncológicos e insumos essenciais ao tratamento dessa doença, o
que impossibilita que os cidadãos tocantinenses tenham o direito à saúde
garantido pelo Poder Público, tal como determina a Constituição Federal em seu
art. 196.

Sair da versão mobile