Na noite desta terça-feira, 12, a Justiça concedeu a liberdade ao pai do adolescente de 14 anos suspeito de atirar na cabeça de um vizinho de dez anos em Palmas. A decisão, proposta pelo Ministério Público e pela defesa, envolveu o dono da arma supostamente utilizada pelo menor. Ele havia sido detido por posse irregular de arma de fogo e omissão de cautela após o incidente, ocorrido na Arno 42 (antiga 405 Norte) na segunda-feira, 10.
Incidente aconteceu na região norte de Palmas – Foto – Divulgação
Após prisão, o pai do adolescente foi encaminhado à Unidade Penal de Palmas e passou por audiência de custódia na terça-feira. O juiz Allan Martins Ferreira, ao analisar o caso, ressaltou que não caberia a conversão da prisão flagrancial em prisão preventiva, visto que o Ministério Público concordou com a concessão de liberdade provisória. Mesmo liberado, foram estabelecidas medidas cautelares, incluindo a obrigação de comparecer quando convocado, manter o endereço atualizado e mudar-se apenas com autorização judicial.
O disparo ocorreu na residência do adolescente, onde a criança de 10 anos foi encontrada desacordada, sem roupas e com sinais de abuso sexual. A mãe da vítima relatou que o filho tinha pedido para ir à igreja e, durante o trajeto, passou na casa do adolescente de 14 anos. O Corpo de Bombeiros, ao chegar ao local, constatou a gravidade da situação, e desde então, a vítima permanece internada em estado grave no Hospital Geral de Palmas.
Embora tenha sido concedida a liberdade ao pai do adolescente, o juiz determinou medidas cautelares, destacando a necessidade de comparecimento quando convocado, manutenção do endereço atualizado e mudança de residência apenas com autorização judicial.
A Polícia Militar, acionada após o disparo, informou que o suspeito fugiu com a arma de fogo. Posteriormente, a Polícia Civil, com a colaboração da mãe e do advogado da família, localizou o adolescente na casa de uma tia e o apresentou às autoridades policiais. O menor foi apreendido e encaminhado ao Centro de Internação Provisória de Palmas (CEIP). O estado de saúde do menino de 10 anos permanece grave, e a investigação continua para esclarecer os detalhes do ocorrido.