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Palmas, 33 anos: 1º prefeito, Eduardo Siqueira revela os gargalos e relembra o início de tudo: “um garimpo cujo ouro a ser encontrado era a cidadania”; OUÇA!

Deputado Estadual, Eduardo Siqueira Campos - Divulgação

Conteúdo Gazeta do Cerrado

O 1º prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos relembrou à Gazeta do Cerrado os desafios da sua gestão de implantação da mais nova capital do país.

Ele conta detalhes.

“Sou o primeiro prefeito eleito de Palmas, nas eleições de 1992, tomei posse em 1º de janeiro de 1993. Naquele tempo, o maior desafio de Palmas, posso resumir em uma palavra: homem. Porque o homem essencialmente depende de água, de abrigo. Ou seja, de moradia, de qualidade de vida, acesso ao saneamento básico, precisa de vias, transporte público, saúde. Então, na verdade, o que observamos é que tínhamos uma contingência de pessoas chegando em Palmas sem ter onde ficar, buscando um pedaço de chão. Então, nós lutávamos contra a invasão, e pelas características principais do plano diretor para não desvirtuar aquilo que foi tão bem planejado”, disse.

Ele continua relembrando: “Montamos a estrutura do saneamento básico do município. Naquela época, o Estado trabalhava com caminhão-pipa distribuindo água em quadradinhos de cimento na porta das casas. Água de ribeirões, sem tratamento. Isso era uma entrega de água contaminada a domicílio. Então, como havia muita mão de obra, nós criamos uma empreiteira chamada orelha seca. Nas diversas frentes de serviço foram mais de 15 mil homens que cavaram as valas, e assentaram os canos do sistema de abastecimento de água Jardim Aureny I, II, III e do IV, das cercanias de Taquaralto, da vilão união, das Arnos 31, 32 e 33 e do restantes das Arnos”, diz.

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“Então, vamos buscando dignidade, colocando água tratada e tirando o caminhão-pipa. Foi uma epopeia. Parecia a serra pelada. Um grande garimpo, mas era um garimpo cujo ouro a ser encontrado era a cidadania. Daí fomos para a habitação. As casas, depois da base feita eram montadas em seis dias, parecia um lego. Nós tínhamos um ritmo de entrega que era como um sonho. Os desafios eram manter as características do plano diretor, combater as invasões, oferecer água tratada, emprego, moradia, implantar o sistema municipal de saúde, criar as escolas padrão”, relembra.

Ouça abaixo mais detalhes e a visão do futuro de Eduardo Siqueira neste podcast! 

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