Marcus Wagner
A revista Exame destacou a cidade de Palmas, que está em segundo lugar entre as capitais do Brasil, na qualidade de educação. De acordo com a reportagem da revista, o modelo de educação em Palmas começou em 2013, na gestão de Carlos Amastha, que foi buscar inspiração fora do País. Segundo a revista, o modelo de gestão adotada pelo gestor na época, investiu em treinamento de 120 professores e gestores da Secretaria de Educação. Boa Parte deste pessoal viajou ao exterior para ver de perto escolas públicas reconhecidas pela excelência em educação.
Os gestores responsáveis pelas creches, segundo a reportagem foram conhecer o modelo de educação infantil da cidade italiana de Reggio Emilia, tido como o melhor do mundo. Os professores de ensino fundamental visitaram escolas em Singapura, onde os jovens de 15 anos tiraram as melhores notas nos últimos exames do Pisa. As duas viagens deixaram marcas nas escolas de Palmas, destaca a revista.
Em abril, a reportagem da EXAME presenciou 900 jovens de Palmas cantarem à capela o hino nacional, antes da entrada em sala de aula, para alegria de dezena de familiáres que, na parte externa da escola, gravavam o momento com o celular. Brincadeiras e interrupções da aula são punidas numa escala que pode chegar à expulsão, uma situação que os pais querem evitar a todo custo ante o risco de perder a vaga. Além da obediência, os educadores da cidade trouxeram um modelo de aprendizado “mão na massa”, em que os alunos aprenderam conceitos teóricos em laboratórios que reproduzem o dia a dia de certas profissões. Não é raro ver jovens estudarem operações matemáticas enquanto calculam a quantia de ingredientes de um bolo. Em algumas escolas têm cozinhas industriais para esse tipo de experimento, diz a reportagem.
De acordo com a EXAME, o modelo inspirado fora do País, fez Palmas melhorar o resultado no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que desde 2013, a pontuação média dos alunos da cidade nos anos iniciais do ensino fundamental passou de 5,8 para 6,6. Nos finais, de 4,9 para 5,8. Para se ter uma ideia das conquistas, o patamar atual está acima do que o Ministério da Educação esperava que as escolas da capital tocantinense atingissem em 2021, de 5,5 e 5, respectivamente. “A receita é buscar referências do que funciona e dar autonomia aos gestores para aplicar as medidas da maneira que convém em cada escola”, diz o pedagogo Danilo Melo, secretário de Educação de Palmas.