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Para deputado Zé Roberto, direito a posse de arma vai aumentar violência

(Divulgação)

O direito a ter posse de arma de fogo em casa ou no local de trabalho é assegurado a qualquer brasileiro que tenha “efetiva necessidade” desde o dia 15 de janeiro. O decreto foi assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), e o deputado estadual Zé Roberto Lula (PT) levou o assunto à tribuna da Assembleia Legislativa (AL) nesta quarta-feira, 20.  

Não há exemplo na história de nenhum país, que armar a população resultou em diminuição de violência, a não ser o caso único da Suíça, que é uma exceção pois lá não existe Exército, ou seja, todo mundo é do Exército até os 55 anos de idade e acontece lá há 900 anos, é cultural”, destacou o deputado.  

De acordo com Zé Roberto, as medidas do governo federal podem prejudicar a sociedade. “As medidas desse governo, notadamente para atender a milícia a qual eles fazem parte, cria uma situação de extremo perigo para a população. Quando autoriza qualquer pessoa a ter quatro armas no seu local de trabalho, por exemplo, aqui na Assembleia, somando servidores e deputados vai dar mais de 2 mil armas”, alertou. 

Ao avaliar a situação como preocupante, o deputado ressaltou que o decreto assinado deve incentivar, cada vez mais, a violência. “É um absurdo, o absurdo dos absurdos esse decreto que autorizou fazer a compra de arma desse jeito. Como que vai controlar essas armas?”, questionou o parlamentar. 

Ele argumentou que, pelas pesquisas que acompanha, observa os números de presos que não são bandidos, que estão presos por um fato corriqueiro e cumprem pena por algum delito, mas a partir do momento em que se arma a sociedade, Zé Roberto teme que surjam, dentro da sociedade, cada vez mais bandidos. “Armar a sociedade nunca se tem notícia de diminuir a violência, muito pelo contrário. Eu nunca andei armado, nunca peguei em uma arma na vida e nunca quero e o que eu puder fazer, enquanto agente social, vou fazer. Isso não dará certo no Brasil”, disse. 

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