– Vivian Lehnen- Especial para a Gazeta do Cerrado
Aconteceu nesta segunda-feira, 06 de maio, a Assembleia Geral dos estudantes da Universidade Federal do Tocantins no campus de Palmas. A reunião ocorreu após o anúncio do Ministério da Educação (MEC) de que será cortado 30% do orçamento das universidades federais de todo o país. Para a UFT, este corte representaria uma redução de R$ 13 milhões que seriam investidos na instituição.
Aos gritos de insatisfação e inconformidade, estudantes dos mais variados cursos se posicionaram contrários à decisão do Governo Federal. Eles Discutiram estratégias e tentam mobilizar-se em conjunto para definir quais serão as próximas iniciativas e ações frente às decisões do MEC.
O sentimento que impera entre eles é a: insegurança, o medo. Para Clara Evangelista, que cursa o 3º período de Direito da Unitins, o que sente chega a ser “desesperador”, “Eu tenho que deixar a minha esperança falar que vou conseguir me formar, que vai dar tudo certo, mas o que eu sinto de verdade é desespero e medo de não conseguir alcançar meus sonhos” comenta Clara.
Denize Fernandes, estudante de Engenharia Ambiental da UFT, acredita que os cortes no orçamento podem resultar em uma falência da universidade. “A gente já não tem muita verba, aí com esses cortes a universidade não vai conseguir manter o básico, o que vai acabar prejudicando toda a comunidade acadêmica”. Esta visão também é compartilhada por Karina Custódio, estudante do 7º período de Jornalismo: “Esse corte vai afetar justamente nas questões básicas de manutenção da universidade: na segurança, na manutenção das bolsas e das pesquisas. Em longo prazo pode significar a falência” comenta Karina.
Deliberações
Os estudantes apontaram a necessidade de pulverização das ações do grupo em vários pontos da capital para que assim a sociedade os veja e os conheça. Também levantaram a necessidade de apresentar a universidade como ela é: produtora de conhecimento científico que serve à própria comunidade.
Foi proposta a paralisação das atividades da UFT no dia 15 de maio com o fechamento dos portões logo cedo seguidos por atos e manifestações do grupo.