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Paratletas do Tocantins se destacam e conseguem quase 90 medalhas com direito a recorde brasileiro

Delegação do Tocantins conquistou 89 medalhas nas Paralimpíadas Escolares 2022 Foto – Núbia Daiana Mota

om 89 medalhas e sete recordes quebrados, a delegação do Tocantins fez a melhor campanha do Estado nas Paralimpíadas Escolares, em 10 anos. O feito rendeu ao Tocantins o título inédito de vice-campeão no ranking de medalhas do atletismo. Foram 84 vitórias nas provas de pista e campo. As demais medalhas foram conquistadas na natação e na bocha.

As Paralimpíadas Escolares são realizadas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Os  melhores colocados nesta etapa regional, realizada de 8 a 12 de agosto em Brasília, estão classificados para a fase nacional, no mês de novembro, em São Paulo.

A chefe da delegação tocantinense, Luciana Monteiro, falou sobre o desempenho do Estado. “É emocionante ver nossos estudantes tão bem classificados nas Paralimpíadas. Esse resultado foi alcançado por toda a delegação e é também fruto do esforço dos professores, das escolas, das Diretorias Regionais de Educação e das famílias, que durante todo o ano preparam e apoiam os paratletas”, frisou Luciana. A delegação do Tocantins foi composta por 56 integrantes entre atletas, técnicos e staffs.

Delegação desembarcou em Palmas e encontro uma calorosa recepção – Foto – Núbia Daiana Mota

Recordista

Doriel Chaves levou o ouro prova de atletismo 1.500 metros – Foto – Núbia Daiana Mota

Doriel Chaves correu contra o tempo e levou o ouro no atletismo 1.500 metros na classe T46. O aluno do Colégio Estadual Juscelino Kubitschek, Luzinópolis, foi o recordista nacional na prova. Evelyn de Sousa Alves, foi campeã e recordista no arremesso de pelota F35. A estreante é da Escola Cívico Militar Maria dos Reis Alves Barros, de Palmas.

Maicon Martins, da Escola Estadual Joca Costa, de Dianópolis, quebrou dois recordes: um no arremesso de peso F24 e outro no lançamento de dardo. Quem também trouxe recordes no arremesso de peso para o Tocantins, foram os atletas: Vitória Brito, aluna da Escola Estadual Estrela da Esperança (Guaraí), Wellington Almeida, da Escola Especial de Colinas e Aline Jordânia, da Escola Estadual Adá de Assis (Araguanã).

Maicon Martins estreou nas Paralimpíadas com dois recordes nacionais – Foto – Núbia Daiana Mota

Ao desembarcar em Palmas, neste sábado,13, a delegação foi surpreendida com uma calorosa recepção de autoridades, familiares e amigos. O secretário executivo da Educação, Edinho Fernandes, fez questão de felicitar os estudantes tocantinenses.

Edinho Fernandes e Luciana Monteiro exibem o troféu de vice-campeão no atletismo Foto – Ênio José

“É uma satisfação imensa poder receber nosso atletas,  técnicos e toda a delegação que chegam com tantas vitórias reafirmando a importância do paradesporto escolar para a vida de cada um deles.  Anualmente, a Secretaria da Educação promove os Jogos Escolares Paradesportivos do Tocantins [Parajets] por acreditar firmemente que o esporte oportuniza aos estudantes deficientes melhor desenvolvimento, socialização, inclusão e melhoria da qualidade de vida”, enfatizou.

Indígenas e quilombolas

Não foi só o número de medalhas que colocou o Tocantins sob os holofotes nesta etapa. Com os estudantes da Escola Estadual Indígena Tekator, de Tocantinópolis, o Estado fez história como os indígenas pioneiros nas Paralimpíadas Escolares. Jesionita Apinajé conquistou dois ouros no atletismo. Danilo Apinajé faturou um ouro e uma prata no atletismo.

Jesionita Apinajé e Danilo Apinajé são os primeiros estudantes indígenas nas Paralimpíadas Escolares Foto – Núbia Daiana Mota

Já Deíza França foi destaque como a primeira quilombola representando o Estado nas Paralimpíadas Escolares.  A atleta tem 11 anos e estuda na Escola Municipal Isabel Costa, em Conceição do Tocantins.  O técnico Fábio Divino relatou que a estudante tem um futuro promissor no paradesporto. “Ela foi muito bem na estreia. Tenho certeza que Deíza se tornará uma grande campeã. Só nas Paralimpíadas ela ainda terá chance de disputar por mais seis anos”, contou.

Deíza França foi destaque como a primeira quilombola representando o Estado no evento paradesportivo Foto – Núbia Daiana Mota

Down

 

Os estudantes com síndrome de down também se destacaram nas provas do atletismo. Além de Welington Almeida, recordista, Clara Lopes, da Escola Especial Mãe Tia Eulina Braga, de Porto Nacional, conseguiu a primeira colocação na corrida 250m T2. Laryssa Stefanny Gonçalves garantiu mais dois ouros para o Tocantins, nos 400m T21 e arremesso de peso F21. A atleta de 16 anos estuda no Colégio Estadual São José, em Palmas.

Bocha e natação

Eduardo Augusto Pontedura foi o único atleta do Tocantins na bocha e faturou o bronze – Foto – Núbia Daiana Mota

O estreante e único atleta do Tocantins na bocha, Eduardo Augusto Pontedura, levou o bronze na classe BC2. “Valeu muito a pena ter participado. Esse bronze tem peso de ouro”, disse o aluno do Centro de Ensino Médio, Ari Ribeiro Valadão Filho, de Gurupi.

Os dois representantes da natação, Maria Flávia e Bruno Gabriel, ambos da Escola Adventista de Palmas, foram campeões nas quatro provas que participaram, 50m peito e 50m costas, e garantiram a participação na final nacional, em São Paulo.

Maria Flávia e Bruno Gabriel acumularam quatro medalhas na natação do Tocantins – Foto – Núbia Daiana Mota

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Fonte  – Ascom Seduc

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