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Pequenas cidades enfrentam dificuldades após mudanças do Mais Médicos

A situação dos Municípios em relação às mudanças do Programa Mais Médicos foi destacada pelo presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi, na manhã desta sexta-feira, 11 de janeiro, em Porto Alegre. A abordagem do assunto ocorreu durante entrevista concedida pelo líder municipalista ao programa Jornal Urgente da Rádio Bandeirantes do Rio Grande do Sul.

Aroldi informou que ainda não foram preenchidas todas as vagas deixadas pelos médicos cubanos após a decisão do governo de Cuba de finalizar o contrato. Entretanto, o líder municipalista acredita que o governo federal deve solucionar essa situação em breve. “Não foram preenchidas todas as vagas, especialmente em áreas indígenas e em acessos a locais mais complicados. O Ministério da Saúde deve ver nos próximos esse levantamento. Imagina-se que devem ficar abertas umas 800 vagas em todo o país. Mas o Ministério já está tomando as devidas providências no sentido de abrir outro edital. Eu acredito que até o mês de março ou abril nós vamos ter essa situação praticamente resolvida”, considerou.

Perguntado sobre o cenário nas pequenas cidades, o presidente da CNM destacou que uma dificuldade enfrentada pelos Municípios foi a migração dos médicos que estavam no Programa Estratégia Saúde da Família (ESF) e passaram a participar do Mais Médicos.  “A contratação do ESF é pelos Municípios. E isso dificultou um pouco. A gente perdeu vários médicos que estavam atuando nas equipes do ESF e foram para o Mais Médicos.É isso que a gente está tentando viabilizar e buscar uma solução com o Ministério da Saúde”, informou.

Pautas com o governo

O presidente da CNM disse também que deve se reunir com o governo federal já na próxima semana onde serão tratadas demandas municipalistas nas áreas da Saúde e da Educação. Nesse aspecto, além dos Mais Médicos, devem entrar pauta demandas como, por exemplo, tornar o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) permanente. Inicialmente, ele seria encerrado em 2020.

Descentralização

O lema Menos Brasília e mais Brasil que o presidente da República, Jair Bolsonaro, tem citado em várias ocasiões como forma de atender melhor a população das cidades brasileiras, também foi comentado por Aroldi. “A leitura que faço disso é fortalecer a gestão local e dar condições para que o gestor local possa prestar serviço de qualidade para a população. As ferramentas mais importantes para a prestação de serviços são os Municípios. O mundo caminha nesse sentido. É dar condições para que o prefeito e a prefeita possam prestar serviços de qualidade em todas as áreas. Se a gente fizer isso, nós vamos construir um país melhor e também melhorar a vida das pessoas”, considerou.

fonte: CNM

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