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IBGE: Expectativa de vida de mulheres tocantinenses aumenta, mas taxa de desocupação supera a dos homens

A esperança de vida das mulheres aos 60 anos no Tocantins é maior do que a dos homens e aumentou entre 2011 e 2019. Em 2011, esse indicador era de 21,8 anos e passou para 23 anos em 2019. Já o dos homens subiu de 19,4 para 20,3 anos. Uma mulher de 60 anos nos estados do Espírito Santo ou Santa Catarina, porém, tinha 3,4 anos a mais de expectativa de vida (26,4 anos) que uma mulher tocantinense da mesma idade.
A mortalidade na infância (probabilidade de uma criança morrer antes dos cinco anos de idade) entre os meninos tocantinenses passou de 23%, em 2011, para 18%, em 2019. Entre as meninas, o indicador passou de 21,9% para 17%, mas ainda assim o estado registrou a 8ª maior taxa. Enquanto na Região Norte uma menina nascida em 2019 tinha 17,2% de chances de morrer com menos de 5 anos, na Região Sul as chances eram de 9,0%.
Essas são algumas das informações da segunda edição das Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil, que analisa as condições de vida das brasileiras a partir de um conjunto de indicadores proposto pelas Nações Unidas. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) compilou informações de suas pesquisas e de fontes externas para elaborar o estudo, divulgado nesta quinta-feira, 4.

Ocupação

Conforme o estudo, a taxa de desocupação entre as mulheres também supera a dos homens. Em 2019, no Tocantins, o IBGE registrou desocupação de 10,3% para eles e 13,6% para elas, diferença de 3,3 pontos percentuais. Entre as mulheres pretas ou pardas as taxas eram maiores que entre as mulheres brancas, 14,2% e 10%, respectivamente.
No Tocantins, 68,5% dos cargos gerenciais eram ocupados por homens e 31,5% pelas mulheres, em 2019. A maior desigualdade por sexo foi registrada em 2012, no início da série histórica: 72,6% para os homens contra 27,4% para as mulheres.
O percentual de policiais mulheres é um indicador que, além de atender à meta de integrar as mulheres à vida pública, compõe as medidas de assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar. Segundo a Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (Estadic), em 2019, as mulheres representavam 12,5% do efetivo ativo da polícia militar e 21,9% da polícia civil do Tocantins.
No efetivo total, elas correspondiam a 15,7%, sendo a quarta maior participação de mulheres da Região Norte. Em comparação com 2014, houve recuo no efetivo feminino ativo das polícias militar e civil, pois naquele ano a proporção era de 17,1%.

Mulheres no legislativo

O percentual de parlamentares mulheres na Câmara dos deputados representando os tocantinenses recuou, passando de 37,5%, em dezembro de 2017, para 25%, em setembro de 2020. Na esfera municipal, somente 17,6% dos vereadores tocantinenses eleitos em 2020 eram mulheres, um aumento de apenas 2 pontos percentuais em relação a 2016, que registrou uma proporção de 15,6%.
O processo de candidatura ao cargo de deputado federal indica o descompasso entre homens e mulheres na Câmara. Em 2018, 36,4% das candidaturas foram de mulheres, em comparação a 32,1%, em 2014. Essas proporções estão ainda próximas à cota mínima de 30% de candidaturas para cada sexo, por partido ou coligação partidária, como previsto em lei.
Em 2018, entre as candidaturas para o cargo de deputado federal que contaram com receita superior a R$ 1 milhão, apenas 37,5% eram de mulheres. Estudos apontam que candidaturas com maior volume de recursos financeiros são mais propensas ao sucesso eleitoral.

Homicídios de mulheres

Utilizada para a análise do fenômeno do feminicídio (definido na Lei n. 13.104/2015 como o homicídio contra a mulher por razões da condição do sexo feminino – violência doméstica ou familiar e menosprezo ou discriminação à condição de ser mulher), a informação sobre local de ocorrência da violência mostra que a proporção de homicídios cometidos no domicílio tem maior vulto entre as mulheres. Em 2018, enquanto 27,6% dos homicídios de mulheres ocorreram no domicílio, para os homens a proporção foi de 13,8%.
Fonte: IBGE
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