O mercado de trabalho, de forma geral, é competitivo. Questões socioeconômicas e políticas afetam diretamente este campo e o cenário pode se tornar ainda mais difícil. Diversos especialistas apontam ainda que o mundo pós pandemia mudou drasticamente a realidade profissional e aqueles que não estão dispostos a seguir as mudanças, podem ficar para trás. Uma pesquisa realizada pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas com empresários da capital tocantinense revela que a dificuldade de encontrar bons profissionais já é tangível e atual.
O estudo mostrou que 97,1% das empresas palmensesencontram dificuldades em contratar pessoas habilitadas a exercer cargos com profissionalismo. “Nós já havíamos notado essa carência e o estudo que fizemos veio para testificar isso. Por meio do nosso app, temos a divulgação de vagas de emprego e percebemos que algumas demoram muito tempo para serem preenchidas. Existem muitas pessoas desempregadas, então é como se a conta não fechasse. Buscamos então entender, por meio da pesquisa, esse cenário”, explica Silvan Portilho, presidente da CDL Palmas.
Conforme aponta a pesquisa, se encontrasse bons profissionais, 80,4% das empresas acrescentariam novos funcionários no quadro de trabalho. Sendo que 61,8% contrataria até 02 novos funcionários, 14,7% contrataria até 05 trabalhadores e outros 3,9% faria até 10 novas contratações. Estima-se que caso houvesse pessoas qualificadas, seriam aproximadamente 8 mil novas vagas em Palmas.
A pesquisa revela dados importantes, como o tempo de procura que uma empresa leva até encontrar um funcionário qualificado: 46,1% leva mais de um mês na busca, 32,4% procura um profissional até por um mês, outros 13,7% demoram até duas semanas e somente 7,8% preenchem as vagas com até uma semana de busca. Para entender o porquê, foram levantados alguns pontos e para a maioria (85,3%), demonstrar falta de interesse com aprendizado é o principal fator que faz um trabalhador não ser contratado. A falta de proatividade foi citada por 65,7%. Outros fatores como atraso (40,2%) e pouca qualificação (35,3%) completam o quadro.
”Mapear e entender as dificuldades é o primeiro passo para buscar soluções eficazes para o mercado de trabalho palmense. Conversamos com empresários, lojistas e gerentes de RH, para entender o que pode ser feito. A CDL Palmas quer analisar os dados e auxiliar os empresários na busca desses profissionais, bem como auxiliar os trabalhadores a se qualificarem. Estamos estudando possibilidade para isso”, finaliza Silvan Portilho.