Um estudo, em forma de artigo, foi publicado recentemente (em inglês) na conceituada revista internacional Environmental Management, e traz o alerta de 58 pesquisadores de diversas universidades brasileiras (entre elas a UFT) e americana para o elevado nível de degradação ambiental da Bacia do Tocantins-Araguaia, resultante da expansão das atividades humanas na Bacia nos últimos 20 anos. A revista Environmental Management tem alto impacto por abordar temas sobre meio ambiente, sustentabilidade e conservação da biodiversidade.
O artigo, fruto da iniciativa do professor Fernando Mayer Pelicice, docente do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade, Ecologia e Conservação da Universidade Federal do Tocantins (PPGBec/UFT), do Câmpus de Porto Nacional, reuniu especialistas sobre sustentabilidade, ciências ambientais, geociências e biodiversidade e que desenvolvem pesquisas científicas na Bacia ou são experts em invasões biológicas. A iniciativa teve suporte do curso de pós-graduação e seus docentes.
Impactos
Segundo o estudo, quase metade da Bacia foi desmatada, a calha do rio Tocantins está muito seriamente impactada por barragens, e os afluentes do rio Araguaia têm sofrido com a retirada de água para agricultura irrigada, além da perda de áreas ripárias (as regiões que estão diretamente relacionadas com os cursos d´água, e onde ocorre a mata ciliar ou vegetação que influi na dinâmica ambiental relacionada) e também o assoreamento do rio. De acordo com as informações da coordenação do PPGBec, “o texto aborda, em particular, os problemas ambientais relacionados com a expansão da piscicultura com espécies exóticas (ex.: tilápia e panga). Alerta para os riscos dessa atividade, já que a bacia é megadiversa, com mais de 700 espécies de peixes nativos, muitas endêmicas e ameaçadas”. Confira a íntegra do artigo (em inglês) no link abaixo:
Os autores
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A Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia
De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), a Região Hidrográfica Tocantins-Araguaia corresponde a 10,8% do território brasileiro, envolvendo os estados de Goiás, Tocantins, Pará, Maranhão, Mato Grosso e Distrito Federal. “Na Região, estão presentes os biomas Floresta Amazônica, ao norte e noroeste, e Cerrado nas demais áreas. A precipitação média anual na região é bem menor do que a média nacional. Possui grande potencial turístico: pesca esportiva, turismo ecológico, praias fluviais, a maior ilha fluvial do mundo (Ilha do Bananal), o polo turístico de Belém, o Parque Estadual do Jalapão (TO) e o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO), reconhecido pelas belas cachoeiras.” (Fonte: Site da ANA)