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Pesquisadores criam sandálias biodegradáveis ​​feitas de algas que se decompõem em 16 semanas

Um dos maiores desafios ambientais do século é encontrar soluções sustentáveis ao plástico, que está aniquilando a vida marinha. E foi pensando nisso que um grupo de cientistas desenvolveu uma inovadora sandália bidegradável feita de algas. À primeira vista, elas até podem parecer “simples sandálias”, mas, na verdade estão salvando o ecossistema marinho!

Não há dúvidas de que o chinelo é o calçado mais popular do mundo, usado por pessoas de todo o globo e de diferentes classes sociais. No entanto, em tempos de mudanças climáticas é preciso começar a repensar o uso de objetos de plástico, um material que pode levar até 1000 anos para se decompor na natureza.

E pode até parecer exagero, mas pesquisas mostram que os famosos chinelos de dedo representam cerca de um quarto do lixo marinho. Foi pensando em criar uma alternativa sustentável para o calçado, que alguns pesquisadores da Califórnia lançaram a UC San Diego – marca inovadora de chinelos de dedo fabricados a partir de espuma de poliuretano feita de algas marinhas, que pode se decompor no meio ambiente em até 16 semanas.

Em parceria com a startup Algenesis Materials, toda a ideologia da marca gira em torno de uma ideologia: substituir o petróleo pelas algas. Genial, não é mesmo? Segundo Tom Cooke – presidente da Algenesis, as pessoas estão cada vez mais atentas ao que consomem: “As pessoas estão se aproximando da poluição do plástico do oceano e começando a exigir produtos que possam lidar com o que se tornou um desastre ambiental”, afirma.

Testes de eficácia

Logo após lançar o protótipo, os cientistas realizaram uma série de testes, onde enterraram os chinelos em solo normal para ver se eles eram mesmo totalmente biodegradáveis. E o resultado não poderia ser mais promissor: depois de 16 semanas, o produto havia sido biodegradado.

Mas isto não é tudo! A equipe também descobriu que as bactérias e outros microrganismos que estavam trabalhando para quebrar o sapato estavam deixando as peças intactas de uma forma que permitia que fossem reutilizadas. Assim, o grupo pegou as enzimas dos organismos que degradam as espumas e passaram a usá-los para sintetizar novos monômeros de poliuretano.

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“Nosso poliuretano pode ser usado para almofadas de espuma em cadeiras ou assentos de carro, acolchoamento em alças de bagagem, tapetes de ioga, isolamento de espuma e até pneus de carro”, explicou Mayfield.

 

Mais do que sandálias biodegradáveis, o produto criado por eles é reciclável e tem originado outros objetos, criando assim uma rede incrível de sustentabilidade, que protege o meio ambiente e mostra que podemos, sim, viver muito bem sem o plástico!

Fonte: Nation

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