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Pesquisas Fieto e Ibope já esquentam debates; Cientista social alerta para “fenômeno do descrédito”

Maria José Cotrim

Uma pesquisa Ibope para Governo e Senado foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins – TRE. Márcia Cavallari Nunes é a estatística responsável. A empresa Centro Norte de Comunicação é a contratante e pagou R$ 65 mil pela pesquisa. A divulgação será dia 17 de agosto.

Será divulgada ainda nesta terça-feira, 14, a pesquisa encomendada pela Fieto e realizada pelo Instituto Vetor. A data prevista seria nesta segunda porém, segundo a Fieto informou á Gazeta,os dados estão em fase final. A Fieto sempre contrata pesquisas nas eleições além de sabatinar os candidatos sobre as propostas para os empresários.

As pesquisas já geram polêmica e são centros de debate nas redes sociais por parte de militantes políticos. Até profissionais da comunicação chegaram a questionar hoje nas redes sociais o papel das pesquisas e um deles chegou a dizer que a manipulação de pesquisas é um crime comum no Tocantins.

Pesquisas anteriores realizadas pelos institutos em outros cenários políticos voltaram a ser comentadas nas redes.

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Cuidado com as pesquisas

O Cientista Social que tem Mestrado e Doutorado na área de Sociologia além de ser pesquisador na área de Cultura Política, Marcelo Brice falou á Gazeta do Cerrado sobre o assunto. “É possível identificar no Tocantins uma falta de profissionalização”, disse sobre alguns institutos de Pesquisa. Ele disse que em alguns casos as pesquisas realizadas colaboram para um processo político sem confiança.

Ele chegou a citar os termos “compra desenfreada e relação escusa” para falar da relação de algumas pesquisas com candidatos. “Há pesquisas que não existem na prática, não tem credibilidade, não sabem como fazer pesquisa e não tem qualificação. Fazer pesquisa eleitoral não é um processo fácil”, disse ao frisar que é preciso ter um corpo técnico qualificado bem como outros aspectos técnicos primordiais.

Segundo ele, as pesquisas tem acontecido muito á vontade dos candidatos. “No geral, há muitas pesquisas de fachada e o assunto é tratado de maneira amadora”, disse.

Sobre a falta de punição por parte da justiça eleitoral para os institutos que não tem credibilidade ou que apresentam erros nos resultados ele apontou: “tem que haver uma mudança da cultura política que está enfraquecida, enquanto a sociedade achar normal soltar uma pesquisa toda semana, as instituições não conseguirão fiscalizar”, disse. Segundo ele, este fenômeno de descrédito em algumas pesquisas não pode ser naturalizado.

 

 

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