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PF faz operação no TO e mais 10 estados contra esquema de lavagem internacional de dinheiro

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (26) a Operação Perfídia, para investigar uma organização criminosa especializada em lavagem internacional de dinheiro, blindagem patrimonial e evasão de divisas. Segundo a polícia, a quadrilha tem ramificações em pelo menos cinco países.

Agentes da PF foram às ruas para cumprir 103 mandados judiciais, a maioria no Distrito Federal, onde a ação se concentra. Também há mandados em 11 estados: Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.

Brasília(DF), 12/04/2016 – Ex-senador Gim Argello é preso na 28ª fase da Operação Lava Jato. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Dois mandados foram de prisão temporária. As duas pessoas foram presas em Brasília: Claudia Chater, prima de Habib Chater, dono de posto de gasolina e um dos primeiros presos na Operação Lava Jato; e Edvaldo Pinto, uma espécie de funcionário de Cláudia.

Outros 46 mandados são de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) e 55 são de busca e apreensão.

Segundo a polícia, a investigação começou a partir de uma prisão em flagrante ocorrida na imigração do aeroporto de Brasília em agosto de 2016.

O núcleo duro da organização criminosa, segundo a polícia, são empresários como donos de postos de gasolina, agências de turismo e casas lotéricas. De acordo com as investigações, eles realizavam operações de câmbio não-autorizadas, dissimulavam compra e venda de imóveis de alto valor e remetiam o dinheiro ilegalmente para o exterior.

A PF apura ainda o uso de “laranjas” por parte dos integrantes da quadrilha e também a falsificação de documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do país. Também foram falsificados passaportes.

A polícia informou que em apenas uma das operações fraudulentas de compra e venda de imóvel, o grupo criminoso obteve o valor de R$ 65 milhões.

Ainda de acordo com a PF, em uma ação realizada em 2016 em um endereço de um dos integrantes do núcleo duro do equema foram encontrados documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior. Essa empresa, segundo as investigações, pode ter realizado movimentações de mais de US$ 5 bilhões.

Até agora as investigações apuraram que esquema contou com o apoio de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e também de um servidor da Polícia Federal.

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