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Planeta Vivo: Brasileira coleciona prêmios com pesquisas sobre despoluição dos rios

A estudante goiana Patrícia Honorato, de 19 anos, ganhou destaque nas redes sociais ao criar uma vaquinha para bancar duas importantes viagens em que representaria o Brasil em eventos científicos: uma feira do conhecimento na Malásia, que reuniu a elite jovem e intelectual do mundo no mês passado, e uma feira de ciências realizada na Universidade de São Paulo (USP), que ocorreu no início de maio.

A campanha de financiamento coletivo foi um sucesso, pois a jovem conseguiu arrecadar R$ 10 mil em poucos meses, superando sua meta inicial três vezes. Ela desenvolve um projeto que visa a despoluição de rios.

Patrícia vive em Goiânia e desde cedo, se acostumou a ganhar medalhas e colecionar conquistas: já participou de sete eventos científicos nacionais e internacionais, entre eles o programa “Village To Raise a Child”, da Universidade de Harvard; além de guardar seis medalhas e nove menções honrosas de instituições educacionais como a Sociedade Americana de Meteorologia.

“Estudei boa parte da vida em escola pública”, afirma. Desde criança era considerada uma menina curiosa e devoradora de livros, começando a se interessar por ciência aos 12 anos.

Em 2018, Patrícia foi finalista de um programa de sustentabilidade e despoluição de nascentes da Universidade de Harvard, o Village To Raise A Child. A instituição bancou todos os custos da viagem aos Estados Unidos. Foto: Arquivo pessoal.

Em 2015, conseguiu uma bolsa para cursar o ensino médio em um colégio particular. Na nova escola, ingressou num grupo de robótica, onde participava de pesquisas e competições na área. Pouco tempo depois, passou a desenvolver projetos envolvendo despoluição de rios e lençóis freáticos. “Pensamos em desenvolver a ideia por causa do desastre de Mariana”, relata.

Sua ideia buscar solucionar o problema da eutrofização: fenômeno causado pelo despejo excessivo de dejetos em rios e lagos, que ocasiona a presença excessiva de algas no ambiente, levando a falta de oxigênio na água e morte de animais.

Patrícia e seus colegas desenvolveram um projeto para o uso das sementes da planta Moringa Oleifera, que ajudam a reverter essa situação. Com esse estudo, o grupo conquistou torneios nacionais e internacionais.

A goiana resolveu continuar seu projeto após se formar no ensino médio, em 2017, trabalhando em maneiras de aplicar as propriedades da planta em larga escala.

Para se deslocar até as feiras e seminários internacionais, Patrícia realiza as campanhas de arrecadação online quando não consegue custear a viagem por conta própria. Além disso, as vezes conta com a ajuda de amigos. “Recebo ajuda de alunos e professores da Universidade Federal de Goiás.”

Seu sonho atualmente é ingressar em alguma universidade nos EUA. “Quero tentar bolsas nas universidades de Harvard, Columbia e no Massachusetts Institut Of Technology (MIT)”.

fonte: Razoes para Acreditar

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