Um policial militar fardado foi preso, em Brasília, após agredir uma mulher no meio da rua na última quinta-feira (18). A vítima, que também é policial militar, ficou nua e sentada entre os carros depois de ser agredida.
As agressões aconteceram perto da Praça do Bicalho, em Taguatinga Norte. Segundo a Polícia Militar do DF, a corporação foi chamada para atender uma ocorrência de violência doméstica. No local, a equipe encontrou o 3ª sargento da PM, Evaldo Barreto Ferreira, de 45 anos e Juliana Cristina Cunha de Oliveira, também 3ª sargento da PM.
O G1 teve acesso aos depoimentos prestados na delegacia. A policial disse que foi o companheiro que começou a agredi-la com murros. Segundo ela, os dois têm um relacionamento desde setembro de 2018.
“Ele dizia que eu era vadia. E que eu era o demônio e que que se eu quisesse morrer ele mataria.”
De acordo com o boletim de ocorrência, depois prestar depoimento o PM pagou uma fiança de R$ 2 mil e foi liberado. Ele vai responder por injúria, lesão corporal, dano e Lei Maria da Penha.
“Apenas imobilizou sua esposa, após ser agredido”, diz boletim de ocorrência.
A PM disse que o agressor foi levado para a Corregedoria “para providências disciplinares”. A arma de fogo do militar foi apreendida e entregue à Corregedoria. Sobre a vítima, a PM não quis se posicionar.
O advogado Guilherme Holuboski que defende o sargento Evaldo Barreto Ferreira disse que só vai se manifestar após o processo ser encaminhado para a Justiça.
Nua e sob efeito de remédios
As imagens feitas por pessoas que passavam pelo local mostram que a mulher foi deixada em um estacionamento, entre os carros, nua. A ocorrência policial diz que o casal brigou, dentro do carro.
A policial teria tomado medicamentos controlados. Ela admitiu que, durante a discussão, tirou a própria roupa e deu “uma cabeçada” no PM.
Em seguida, ainda de acordo com o depoimento da vítima, o militar deu um “mata-leão” nela. A policial disse que se jogou do carro, mesmo sem roupa.
Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML), para fazer exame de corpo de delito.
A PM solicitou medidas protetivas de urgência e respondeu ainda ao questionário sobre violência doméstica e familiar elaborado pelo Ministério Público do Distrito Federal e pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Fonte: Globo.com
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