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Polêmica: Famílias acampadas no Bico podem ter que deixar área

Foto Divulgação/Internet

Lucas Eurilio – Repórter Gazeta do Cerrado

Cerca de 240 famílias do Movimento Sem Terra (MST) estão correndo o risco de serem despejadas do acampamento Esmeralda, às margens da BR-230, próximo ao município de Araguatins, região norte do Estado. Segundo o próprio MST, os moradores vivem no local a aproximadamente 3 anos e representantes do movimento alegam que estão sendo vítimas de persguição e preconceito.

O MST explicou também que toda essa situação está acontecendo, porque a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar) entrou com uma ação na Justiça reivindicando a propriedade que supostamente pertece a empresa.

“Entendemos que essa implicância por parte do suposto proprietário, se dá simplemente pelo fato do acampamento se encontrar limitando-se com o cercado à frente da área da fazenda”.

Por outro lado, o MST afirmou que a Justiça da Comarca de Araguatins concedeu de forma liminar a reintegração de posse em caráter de urgência para a empresa Cosipar. “Na realidade, entendemos que essa ação carece de uma análise mais atenciosa por se tratar de fatores complexo”.

Em um documento enviado à Gazeta do Cerrado, o Movimento Sem Terra explica o porquê acredida que a liminar não poderia ter sido concedida pela Justiça.

“Em primeiro lugar, o acampamento se encontra montado em uma área da União e não na propriedade de domínio da Cosipar”.

Outra afirmativa do MST é que não se pode executrar uma reintegração de posse sem preconizar o Manual que orienta os trabalhos nesse sentido. Além disso, o movimento ressaltou ainda que é impossível o terreno ser da Companhia, isso porque a terra está “irregularmente titulada pelo Itertins”.

Por fim, representantes do MST informaram que o prazo dado pela Justiça, exigindo que as famílias se retirem do local, “não contempla as condições da nossa realidade pois o prazo de cinco dias é insuficiente para articular meios”.

O outro lado

Nossa equipe entrou em contato com a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar), mas as nossas ligações não foram atendidas. O espaço continua aberto para posicionamento da empresa.

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