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Polícia fecha o cerco em busca de criminosos e escolas suspendem aulas em Araguacema

Orla de Araguacema ficou alagada nesta terça-feira, 29 - Foto - Defesa Civil de Araguacema

Com o cerco policial cada vez mais intenso na busca pelo grupo criminoso que aterrorizou a cidade de Confresa, em Mato Grosso, e que fugiu para o Tocantins, as autoridades da região decidiram suspender as aulas em escolas das cidades próximas à área de busca. Em Araguacema, três unidades escolares foram fechadas por motivos de segurança, a Escola Municipal Agrícola, a Escola Municipal José Wilson Leite e a Creche Tia Ernestina. As atividades nas unidades ficarão suspensas até que a ação seja finalizada e um ambiente seguro seja estabelecido para alunos, profissionais da educação e toda a comunidade.

Essa é a segunda cidade do Tocantins a adotar medidas de segurança por causa do cerco policial. A primeira foi a Prefeitura de Marianópolis, que publicou um decreto suspendendo as aulas, atendimentos médicos e o transporte de moradores da zona rural até que as buscas terminem. A operação policial, chamada de Canguçu, busca pelo bando de criminosos que fugiu para o interior do Tocantins após tentar assaltar uma transportadora de valores em Confresa (MT) no dia 9 de abril. Desde o início da operação, a polícia pediu que a população evite transitar na TO-080 e estradas vicinais em um raio de 50 km em torno de Paraíso do Tocantins.

A força-tarefa conta com cerca de 350 homens e desde o início da ação, na semana passada, a polícia identificou dois dos integrantes da quadrilha. Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém. O segundo morto não teve a identidade revelada. Ainda não há informações sobre a quantidade de pessoas que fazem parte da organização.

Durante o cerco, os criminosos invadiram fazendas e fizeram reféns, além de roubarem veículos. Em confrontos com as equipes policiais, dois deles foram mortos e um foi preso. Nesta segunda-feira (18), os policiais apreenderam armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas. Entre os materiais, havia munições usadas para abater aeronaves. O grupo está fortemente armado, o que tem prejudicado, inclusive, colheitas na região devido à insegurança e ao risco de novas ações criminosas.

Os policiais continuam com as buscas pelo grupo na região oeste e sudoeste do estado, na zona rural dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal, além de cidades do entorno. Conforme informações obtidas pelo G1, os criminosos teriam se dividido após o primeiro embate com policiais tocantinenses. A suspeita é que eles tenham atravessado os rios Araguaia e Javaés em embarcações, até chegarem à Ilha do Bananal. Depois, tentaram afundar os barcos para não deixar rastros.

Enquanto continuavam a fuga pelo município de Pium, se depararam com uma viatura da Patrulha Rural da PM, que fazia uma ronda rotineira. Militares e suspeitos entraram em confronto. Depois disso, eles se dividiram. Um dos grupos invadiu a fazenda Agrojan, fez uma família refém e roubou veículos. Ainda na segunda, turistas estrangeiros e funcionários do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tiveram que ser retirados às pressas da unidade por causa dos confrontos. Segundo informações obtidas pelo g1, os criminosos chegaram a entrar no centro de pesquisa e roubaram um barco, que foi encontrado posteriormente pela equipe policial.

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