Ícone do site Gazeta do Cerrado

Por que falta energia quando chove? Entenda e tire as dúvidas!

Energisa montou dicas para o consumidor - Reprodução Google Imagens

O período de chuvas intensas chegou no Tocantins e costuma vir acompanhado de temporais com ventos fortes e alta incidência de raios. Esse cenário traz um alerta para a segurança da população, além de impactar no fornecimento de energia. Afinal, quem nunca se perguntou por que falta energia quando chove? Conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os raios são responsáveis por 40% dos desligamentos na rede de distribuição de energia e queima de transformadores em todo o Brasil, percentual esse compatível com os dados apurados na Energisa Tocantins.

O instituto aponta o Tocantins como o estado com maior densidade de raios do País. No último temporal, dia 20/10, o Inpe registrou mais de 16 mil raios no Estado. “O cenário que temos aqui é atípico. Por isso, temos investido em blindagem de rede, religadores e para-raios. Assim como, ações que reduzam o impacto desses temporais para a população, garantindo mais segurança e reduzindo o tempo que ficamos sem energia”, comenta Guilherme Damiance, gerente de Operações da Energisa.

Guilherme explica que a Energisa está preparada para enfrentar situações de crise, durante temporais e tempestades. “Temos um plano de contingência que orienta as equipes da concessionária para atuarem em situações adversas, buscando garantir conforto para os nossos clientes. É claro que, dentro das condições encontradas após as chuvas, principalmente nas áreas rurais, contamos também com a atuação dos entes públicos que prestam serviços nas manutenções de estradas e acessos”, pontua.

Contingência

Quando acionado, o Plano de Contingência da Energisa faz um reforço de 40% no número de equipes em campo, incluindo manutenção pesada com caminhões com cesto aéreo e eletricistas de linha viva, podendo chegar a 345 equipes em todo o Estado. “As equipes são direcionadas conforme a necessidade de cada localidade, considerando sempre o cenário deixado pela chuva”, destaca o gerente de Operações.

Publicidade

O atendimento nos dias de chuva forte prioriza o restabelecimento do serviço em hospitais, clientes que necessitam de aparelhos para sobrevivência e locais com grande circulação de pessoas, além dos alimentadores com maior número de clientes. Nas áreas rurais, de difícil acesso, ou que necessitam de execução de obras o operações complexas, como substituição de postes e remoção de árvores de grande porte, o restabelecimento do serviço de energia pode levar mais tempo.

Guilherme conta ainda que “todo esse trabalho é coordenado pelo Centro de Operações Integrado da Energisa que monitora todo o sistema elétrico do Estado em tempo real, dando agilidade na tomada de decisões e ações em campo. É neste centro que chegam também as solicitações dos clientes feitas via canais de atendimento e são despachadas para as equipes atuarem”.

Tecnologias

Para amenizar os transtornos que o período chuvoso traz para os seus clientes, a Energisa investe constantemente em tecnologias que têm a capacidade de recompor o sistema elétrico de forma automática, ou seja, mais rápido e com maior segurança. E também em equipamentos que minimizam o efeito dos raios na rede de energia, a exemplo dos para-raios.

“Com essas tecnologias, quando temos ocorrências durante chuvas ou acidentes com postes, conseguimos manobrar de forma automática a carga de energia, restabelecendo o fornecimento com agilidade e rapidez. Para isso, isolamos o defeito e reduzimos o número de clientes impactados”, fala Guilherme. O gerente lembra ainda que, nos casos de danos físicos com a rede, provocados como por exemplo postes derrubados, árvores caídas e cabos rompidos, o tempo de atendimento aumenta, por conta da complexidade da ocorrência.

Manutenção

Outra frente que minimiza os impactos da chuva é a manutenção constante das rede de distribuição. A Energisa realiza inspeções periódicas nas redes tanto pelas equipes que percorrem a linha, quanto com uso de tecnologias: drones e helicópteros, este último faz uma inspeção termográfica na rede de energia.

“Associado a essas ações estamos sempre com as equipes em campo, fazendo o trabalho de manutenção com base no levantamento realizado durante a inspeção. Fazemos podas, limpeza de faixa, obras de ampliação, substituição de equipamentos, enfim, é um trabalho minucioso que prepara o sistema para o período de chuvas”, explica Alberto Cunha, gerente de Construção e Manutenção da empresa.

De janeiro a setembro deste ano, já foram realizadas mais de 100 mil podas, a limpeza de 6 mil quilômetros de faixa de servidão nas redes rurais e a manutenção em mais de 2 mil quilômetros de rede. “Esse é um trabalho preventivo que busca minimizar os impactos dos temporais na rede de energia”, reforça Alberto.

Transmissão

Outro aspecto importante do plano de contingência são as redes de transmissão e subestações do sistema de distribuição da Energisa. Para garantir um atendimento ágil e eficiente, além das manutenções e investimentos constantes na modernização de linhas e subestações, a Energisa conta com duas subestações móveis, com capacidade para abastecer cidades inteiras durante uma emergência. E 11 equipes especializadas em alta tensão ficam espalhadas em todo Estado, para entrar em campo, em caso de contingência.

Para Guilherme e Alberto, todas essas ações reforçam o compromisso da Energisa com a qualidade do fornecimento de energia no Tocantins e consequentemente com a satisfação dos seus clientes.

Para garantir a segurança da população, a Energisa orienta sobre os cuidados durante tempestades:

PRINCIPAIS DÚVIDAS SOBRE O PERÍODO CHUVOSO E FORNECIMENTO DE ENERGIA

 1 – Por que falta energia quando chove?

O período chuvoso no Tocantins é marcado por uma alta incidência de raios e ventos fortes. Esse cenário tem impacto direto no sistema elétrico, já que a rede é aérea e está sujeita a condições climáticas severas.  Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), os raios são responsáveis por cerca de 70% dos desligamentos na rede transmissão e 40% na distribuição de energia no Brasil, seja caindo diretamente na rede ou nas suas proximidades. Cerca de 40% dos transformadores também são queimados por raios.

Durante os temporais, a queda de árvores e outros objetos que são lançados sobre a rede podem causar rompimento de cabos de energia e a destruição de postes, provocando grandes danos na rede elétrica e o desabastecimento de energia.

Para amenizar os transtornos causados pelos temporais, a Energisa investe constantemente na modernização e manutenção do sistema elétrico. Mas ainda assim, podem haver estruturas que durante o período seco não apresentaram defeito no entanto, em situações climáticas severas podem provocar interrupção no fornecimento.

 2 – Como a Energisa fica sabendo quais os locais estão sem energia durante os temporais? Precisamos avisar sempre?

O sistema elétrico no Tocantins conta com tecnologias de automação que permitem o monitoramento da rede de energia em tempo real. Com esses equipamentos inteligentes na rede, sempre que há alguma ocorrência na rede de energia comprometendo o fornecimento para um bloco grande clientes é emitido um alerta no Centro de Operações Integrado da Energisa.

No entanto, a Energisa orienta que o cliente faça contato por meio dos canais de atendimento e informe a falta de energia pois nem toda a rede é monitorada 100% com esses equipamentos.

A Energisa orienta ainda que quando a falta de energia for individual, ou seja, afetando apenas um única unidade consumidora, antes de realizar o contato com a concessionária, o cliente verifique se os seus disjuntores internos e externo estão ligados. Agindo assim contribuem para diminuir deslocamentos desnecessários das equipes operacionais no dia a dia do atendimento emergencial.

Canais de atendimento ao cliente:

3 – Por que a luz fica piscando em alguns momentos durante chuva forte?

A rede de energia conta com equipamentos inteligentes que atuam para garantir que o fornecimento de energia seja o mais seguro possível, a exemplo dos religadores. São esses equipamentos que desligam a rede quando o sistema é atingindo por um raio ou objetos lançados pelo vento. Esse desligamento ocorre por alguns instantes e então os religadores atuam religando a rede. O equipamento fará algumas tentativas de religamento da rede, o que causa a sensação de que a luz está piscando, quando na verdade é o sistema de proteção evitando curtos-circuitos e danos ao sistema e aos clientes.

Quando o religamento não ocorre com sucesso, as equipes são enviadas em campo para verificar se há danos físicos na rede com necessidade de intervenção dos eletricistas, substituição de equipamentos e outros serviços. Por isso, o atendimento pode ser um pouco mais demorado, a depender da complexidade do dano.

 4 – Caso um cabo energizado caia sobre veículo quais os procedimentos de segurança?

Permaneça dentro do veículo e ligue para Energisa no 0800 721 3330, que uma equipe irá até o local isolar a área e garantir que as pessoas saiam do interior do carro com segurança.

 5 – Deixar carregador de celular na tomada, sem o aparelho, pode danificar também numa eventual descarga elétrica? Há consumo de energia nesta prática?

Assim como os demais dispositivos e equipamentos elétricos, carregadores de celular e computadores conectados na tomada representam um risco para a segurança das pessoas próximas e ao aparelho, em caso de chuva com raios. Quanto ao consumo de energia, mesmo sem o aparelho de celular conectado ao carregador, há um consumo mínimo, pois ele está ligado a tomada.

Para evitar esse desperdício e ainda garantir a segurança, principalmente de crianças a Energisa orienta que sempre que o celular estiver carregado, retire o carregador da tomada.

 6 – No caso da queima de aparelhos durante a queda de raios e chuva, como provar de quem é a responsabilidade pelo dano?

Esta avaliação é realizada seguindo o que determinam as regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que são únicas para todas as concessionárias do País. De acordo com as regras, o cliente deve entrar em contato com a Energisa por meio de seus canais de Atendimento em até 90 dias após a data da ocorrência. É importante que o cliente tenha em mãos a data e horário do ocorrido, unidade consumidora, relate os problemas apresentados e tenha a marca e modelo do aparelho.

A Energisa irá verificar no sistema se, na data e horário informados pelo cliente, há registro de alguma ocorrência ou perturbação no sistema elétrico na região da unidade consumidora. Caso haja, é solicitado ao cliente que apresente dois laudos e orçamentos de empresas de manutenção e reparo de aparelhos eletroeletrônicos.

Se no laudo constar que o defeito do aparelho é em algum componente que tenha relação com a rede de energia, a concessionária é responsável por ressarcir o cliente. Neste caso, a Energisa fará o ressarcimento em até 20 dias, que poderá ocorrer com pagamento em dinheiro, conserto ou substituição do equipamento danificado.

 7 – Quando a Energisa não é responsável por ressarcir o cliente?

A Energisa não é responsável quando não houver registro, na data e horário informados pelo cliente, de ocorrência no sistema elétrico que tenha afetado a unidade consumidora.

Outro caso em que não é responsabilidade da concessionária, é quando o cliente é atendido por uma tensão maior que 2,3kV.

É importante destacar que danos em aparelhos eletroeletrônicos nem sempre são causados por distúrbios na rede de energia. Outros fatores podem provocar este dano como: tempo de vida útil do equipamento; má utilização; temporais que podem afetar cabos de telefonia e televisão ou até mesmo a rede de energia interna, ou seja, do cliente.

8 – Como evitar danos? Devemos tirar os equipamentos do stand by?

Para evitar a queima de aparelhos, a Energisa orienta que o cliente mantenha em dia as instalações elétricas internas (residência), incluindo o aterramento das tomadas. E durante chuva com raios, a maneira mais eficaz de evitar danos é retirar os aparelhos da tomada.

Sair da versão mobile