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Pré candidato em Gurupi chega a dizer que “nada funciona na cidade” e diz sobre asfalto: “100 milhões em obras que não vão impactar o desenvolvimento de Gurupi”


O pré-candidato a prefeito de Gurupi, Cristiano Pisoni, foi o convidado da noite de ontem (22) no Podcast Tocantins em Foco, apresentado por Adriano Halls e Wagner Montel. Foram abordados temas relevantes como a reafirmação da pré-candidatura a prefeito de Pisoni e proposituras e planos dele para Gurupi em diversas áreas como Moradia, Infraestrutura e Indústria, Saúde, Educação, Esporte, Cultura e Lazer, Trânsito e otimização na aplicação das verbas federais e estaduais destinadas ao município. O radialista e pré-candidato a vereador, Miquelin Feitosa, também participou do bate-papo.

Críticas

Já no início do programa, os apresentadores comentaram sobre a política assistencialista que é feita por diversas autoridades de Gurupi e do estado, convidando Pisoni a levar seu posicionamento no assunto. “O cidadão gurupiense precisa se valorizar. Ele precisa de respeito, dignidade. E dignidade você não traz só dando comida, mas sim, oferecendo emprego, oferecendo meios de ele se garantir. Gurupi precisa de mais políticas públicas que resgatem isso. Podemos sonhar mais alto e nossa cidade clama por uma gestão que a organize em todos os aspectos, porque Gurupi poderia estar crescendo muito mais com uma gestão compromissada com esse desenvolvimento”, disse Cristiano.

O apresentador Adriano mencionou o percurso padrão das eleições à prefeitura de Gurupi e questionou Pisoni sobre sua permanência neste pleito. “Nas últimas eleições que tivemos, três candidatos definiram a eleição. Quando chega ‘lá no finalzinho’, um deles desiste e se vende para favorecer um dos dois lados que restaram. Como você vai lidar com isso?”, perguntou Adriano. Em resposta, Pisoni garantiu ir até o fim: “Eu comecei nesse processo como pré-candidato a prefeito e vou terminar como candidato a prefeito. No dia seis de outubro, você pode procurar meu nome na urna, que ele vai estar lá. Nós vamos dar para Gurupi uma oportunidade que não surge faz tempo, que é de analisar nomes. O cidadão vai poder comparar currículo”, destacou o pré-candidato.

Pisoni disse ainda que ganhando ou perdendo as eleições, já faz diferença para o debate. “Independentemente de qual partido ganhar, nós vamos tornar o debate eleitoral muito mais produtivo do que ele já foi, porque vamos trazer projetos. Gurupi precisa de um administrador, alguém diferente desses grupos políticos que dominam em Gurupi há décadas, alguém que resolva os problemas da cidade. Se a dúvida é se eu vou chegar ‘vivo’ no processo eleitoral, você pode apostar: eu não entro em uma briga para largar pela metade. Nós vamos até o final. Ser administrador, ter a coragem de enfrentar e resolver problemas, me faz capacitado pra isso”, completou Cristiano.

O que precisa mudar?

Quando perguntado sobre os projetos que tem para Gurupi, o pré-candidato disse que percebe que o mais urgente é fazer o básico funcionar. “O ponto mais crítico que nós percebemos é que falta administração. Nada funciona na cidade, então, nós temos primeiro que fazer as coisas funcionarem. Divulgar obra para mostrar que está ‘bonitinho’, beleza, o dinheiro é federal. Mas tivemos um aumento de impostos municipais, e o que a prefeitura está entregando de volta com isso? A população não está vendo seus problemas serem resolvidos. Vender solução é fácil, nós temos é que entregar”, enfatizou ele.

No gancho do assunto, Pisoni opinou sobre as atuais obras de pavimentação da cidade que, segundo ele, ficam atrás de medidas mais urgentes: “Quando se fala em grandes obras, não adianta trazer um monte de dinheiro federal e fazer obras que não vão impactar a cidade. Nós temos a alça viária que precisa ser feita e vai impactar; os corredores que precisam ser abertos, já que a cidade vai ser cortada pela BR e só vamos ter três pontos de travessia. Hoje estão fazendo asfalto em cima de asfalto. Vai ficar bom, o asfalto é novo, mas não mudou a vida de ninguém. Nós precisamos impactar a vida das pessoas. Estão indo aí 100 milhões em obras que não vão impactar o desenvolvimento de Gurupi”, pontuou ele.

Para Cristiano, moradia também é assunto básico para o desenvolvimento de Gurupi. “Tem um ponto essencial que eu tenho falado muito por onde eu passo: se nós não trouxermos casas populares para Gurupi, não teremos mão de obra para trazer mais indústrias pra cá. Tocantins recebeu cerca de 1200 casas populares, e dessas, Gurupi ficou só com 100. E hoje temos uma grande deficiência em mão de obra. Não tem como trazer um trabalhador de fora que vai receber um salário-mínimo, sendo que ele vai gastar quase mil reais de aluguel. Sem erguer casas populares, Gurupi não consegue crescer. Por isso nós precisamos fazer a parte estruturante toda de novo, a começar pela moradia e infraestrutura. Obras são bonitas, mas casas são essenciais. Nós precisamos entregar”, detalhou Pisoni.

Ao final do programa, Cristiano disse acreditar que este ano será um divisor de águas para a política gurupiense, pois, de acordo com ele, surgirão “mais debates como esse e temos as redes sociais a favor da verdade. Tudo o que os candidatos de eleições passadas prometeram e não cumpriram, vai vir à tona agora, e então virá a cobrança da população. Nós não precisamos das velhas promessas repetidas, nós precisamos de projetos que se tornem realidade, políticas que marquem e façam a cidade crescer. Se nós não pensarmos desse jeito, vamos continuar estagnados. Não tem como você votar do mesmo jeito que já votou e esperar resultados diferentes”, concluiu ele.

(Material distribuído pela Assessoria de Imprensa)

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