Durante a Operação Canguçu, o primeiro suspeito preso confessou sua participação na tentativa de roubo à transportadora de valores em Confresa, Mato Grosso. Em seu depoimento à Polícia Civil, o suspeito revelou que o grupo planejava encontrar entre R$30 e 40 milhões, porém, não conseguiu levar nada devido a uma grande quantidade de gás na sala do cofre, que foi ativado como mecanismo de defesa.
O grupo, que esperava conseguir o dinheiro após explodir paredes, fugiu para o Tocantins após a tentativa fracassada. Uma força-tarefa composta por cinco estados, que já dura quase 30 dias, tem perseguido o grupo, tendo capturado dois suspeitos e tendo outros 15 mortos em confronto. Três suspeitos foram presos em investigação da Polícia Civil do Mato Grosso.
O suspeito preso durante a operação se identificou como Paulo Sérgio Alberto de Lima, sendo capturado logo após o bando desembarcar no Tocantins e fazer reféns em uma fazenda na zona rural de Pium. Ele foi contatado quatro meses antes do roubo, mas o grupo estava planejando o crime há mais tempo. A função dele era usar uma espécie de lança-chamas para cortar o cofre. O suspeito disse que receberia uma parte do dinheiro roubado, que no exemplo dado seria de R$ 500 mil.
A investigação apontou que os criminosos tinham calculado o tempo que as forças especiais da PM do Mato Grosso levariam para chegar até Confresa. Eles conseguiram chegar ao cofre e iniciaram o corte, mas não tiveram tempo de abrir e acabaram desistindo após serem surpreendidos pela fumaça.
A polícia continua a busca pelos criminosos, com suspeita de que pelo menos mais três homens estejam em fuga pela zona rural do Tocantins. A operação é considerada uma das maiores do país para capturar criminosos, envolvendo mais de 300 policiais de cinco estados, além de recursos tecnológicos de ponta, como drones termais e binóculos de visão noturna, helicópteros, barcos e cães treinados para buscas.