O número de famílias endividadas no país correspondeu, em julho de 2016, a 57,7% da população, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Segundo a CNC, o cartão de crédito é um dos principais tipos de dívida por 76,7% das famílias endividadas, seguido de carnês (15,7%) e, em terceiro, de crédito pessoal (11,3%.
O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor do Tocantins (Procon), implantará um setor de atendimento especializado ao consumidor que esteja impossibilitado de quitar seus débitos.
“O Brasil está passando por este momento de crise e o consumidor está a cada dia, tendo mais dificuldades para quitar suas dívidas e a pessoa superendividada não consegue pagar o que deve”, afirma o gerente de educação para o consumo, do órgão, José Santana.
Inicialmente o programa será estabelecido em Palmas, que tem os maiores índices registrados no Procon e, paulatinamente, a implantação seguirá aos outros municípios que concentram um número considerável de famílias com a situação de inadimplência, como Gurupi e Araguaína.
Entre os dias 28 e 31 de agosto os servidores e chefes dos dez Núcleos Regionais do órgão, passaram por uma capacitação de como orientar o cidadão a evitar o superendividamento. De acordo com o gerente de consumo o Procon já possui estratégias de como este trabalho será realizado.
José Santana, dá dicas de como construir bons hábitos de consumo e como ficar em alerta ao seu controle financeiro.
- Gaste apenas o planejado (anote todos os ganhos e todas as despesas, incluindo as de pequeno valor). Não compre por impulso;
- Não some ao seu salário os limites do cartão de crédito, cheque especial etc. Fazer isso é se enganar sobre a real situação financeira;
- Evite parcelar ou financiar. Sempre que puder compre à vista;
- Priorize as despesas básicas e reserve parte do salário para situações de emergência. Isso é planejar os gastos;
- Pague sempre o valor total da fatura do cartão de crédito. Se pagar valores inferiores, o mínimo, por exemplo, terá que arcar com a cobrança de altos juros sobre o restante;
- O Cheque Especial deve ser utilizado único e exclusivamente em casos de emergências reais.
Para o consumidor que não consegue mais pagar suas contas em dias
*Tente encontrar despesas que podem ser cortadas sem afetar as contas fixas da casa;
*Faça as contas para saber exatamente quanto você ganha e de quanto precisa para pagar as contas fixas do mês;
*Não faça novos empréstimos para pagar dívidas atuais, a menos que seja para não pagar juros do cartão de crédito e do cheque especial que são os mais altos de todos.
Com informações do Procon TO