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Procurador eleitoral diz esperar que pedido de cassação de Carlesse seja julgado o mais rápido possível no TRE

Rogério Tortola – Gazeta do Cerrado

Um dos últimos atos do procurador eleitoral, Álvaro Manzano, antes de sair de férias neste início de ano, foi apresentar um novo pedido de cassação contra o governador, Mauro Carlesse (PHS) e do vice, Wanderlei Barbosa (PHS), no dia 6 de janeiro.
Mesmo de férias, o procurador atendeu a Gazeta do Cerrado e falou com exclusividade sobre o caso.

Base para o pedido

Álvaro Manzano começou a entrevista explicando que atos do governo estadual do período das eleições suplementares, impactaram nas eleições ordinárias:
“Durante as eleições suplementares, duas ações de investigação judicial eleitoral foram ajuizadas para conter o uso da máquina administrativa no processo eleitoral. Embora ainda não tenham sido julgadas, a Procuradoria entende que esses atos produziram efeitos também nas eleições ordinárias, realizadas apenas quatro meses depois. Além disso, mesmo contra a ordem judicial, milhares de servidores foram contratados em cargos temporários”, pontua o procurador.

Nesta última denúncia, a Procuradoria entende que após contratar servidores, mesmo com a vedação eleitoral e depois dispensar, como ocorreu com os 15 mil contratados no dia 1º de janeiro, o governo assume que contratou sem necessidade e com fins eleitoreiros.
Ainda segundo Manzano, as denúncias anteriores vão se somar na ação nova.

Próximo passo

O próximo passo agora é aguardar que os representados, Carlesse e Wanderlei, sejam notificados para apresentarem defesa.

Sobre o prazo para este processo ser analisado, explicou que isso cabe ao TRE, “mas eu espero que seja julgada no menor tempo possível”, disse o procurador.

Mais uma cassação!

A economia, o Estado e os tocantinenses sofreram com a instabilidade gerada pelas últimas cassações. Ciente disso, Manzano diz lamentar, porém esclarece que o Ministério Público Eleitoral precisa cumprir o seu papel.

“Infelizmente é o preço que a sociedade paga por ter políticos que não conhecem outros métodos de campanha eleitoral. Eu lamento profundamente que isso tenha que acontecer, mas o Ministério Público não pode escolher entrar ou não com uma ação judicial em função das consequências que advirão”, finaliza. Na ação o procurador também pede uma nova eleição.

O governo

O governo do Tocantins se manifestou sobre o pedido do procurador. Aliados do governo afirmam que falta coerência da Procuradoria já que o governo tomou as medidas para reenquadrar o Estado porque antes haviam as vedações eleitorais.

Veja a nota do governo sobre o assunto:

Nota

O Governador cumpriu estritamente as determinações da Justiça Eleitoral e também do Tribunal de Contas. Portanto, não foi praticado nenhum ato que tenha infringido as leis eleitorais. Tanto que somente agora em Janeiro, após o fim do período vedado pela Justiça Eleitoral, o Governo iniciou o processo de reforma administrativa e enxugamento da máquina com a extinção de cargos temporários e comissionados em excesso.
Por isso, o Governo não vê sentido nesta ação proposta pelo MPF e acredita no trabalho da Justiça

Assessoria de Imprensa
Gabinete do Governador

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