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Produção de soja na Capital cresce mais de 200% nos últimos quatro anos

Foto: Divulgação

A produção agrícola em Palmas tem registrado crescimento nos últimos anos, com destaque para a soja, cuja safra 2016/2017 chegou a 71.056 toneladas de grão ante 26.400 em 2012/2013, um aumento de 269,1%. Já a produtividade cresceu 6,06%, saindo dos 3,30 quilos por hectare em 2013 para 3,50 no mesmo período. O mesmo com a área plantada, que saiu dos 8 mil hectares para 20.390 hectares.

 

De acordo com o secretário Municipal de Desenvolvimento Rural (Seder), Roberto Sahium, a Prefeitura de Palmas, por meio da Seder, oferece apoio técnico a 11 produtores de Palmas, que são orientados sobre a conservação de solo, terraços e planejamento da produção. “Além disso, fazemos um forte trabalho de conservação das estradas vicinais para garantir o escoamento da produção e assim diminuir os custos para o produtor”, destacou Sahium.

 

Sahium informou também que boa parte do que é produzida na região é adquirida por empresas multinacionais, provando que os grãos têm qualidade competitiva com de outras regiões do País.

 

E os produtores palmenses já estão em preparação para um novo plantio, após o fim do Vazio Sanitário da soja, que aconteceu de 1º de julho a 30 de setembro em todo o Estado.  Segundo informações da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagro), nesse período fica proibido o plantio da soja em lavouras de sequeiro. O objetivo é prevenir e controlar a ferrugem asiática. A exceção é para o plantio para fins de pesquisa científica e de produção de sementes, desde que seja monitorado, bem como da liberação para cultivo nas várzeas tropicais nos municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Formoso do Araguaia, Cristalândia e Guaraí.

 

Trabalho em família

 

Pioneiros na produção de soja no Tocantins, e em especial na região rural de Palmas, em Buritirana, a família do produtor Jeferson Marasca possui uma história de sucesso em meio a trabalho duro. Muito antes de o Tocantins existir, sua família já cultivava terras no antigo Norte Goiano, isso em 1987. “Tudo começou com o arroz. Não existiam a tecnologia e o investimento que temos hoje. As dificuldades eram muitas, principalmente na parte da infraestrutura das estradas. Lembro que naquela época a cidade mais próxima com asfalto era Porto Nacional”, explicou. Segundo ele, o incremento da produção veio com a aposta na pecuária. O trabalho é feito em parceria com o pai, Gilberto Marasca, e com o irmão, Pedro Marasca.

 

O cultivo da soja só veio em 1998 com uma área plantada de 120 hectares. “Nesse período em que estamos trabalhando com a soja, o que realmente deu um impulso para nossa produção foi a pavimentação das estradas da região. Depois disso tudo menos complicado”, garante o produtor. “Naquela época a gente acreditava que não ia ter êxito devido às dificuldades diárias em conseguir insumos, mão de obra e ainda vender nosso produto, que no começo foi comercializado em Anápolis (GO).”

 

Outro incentivo a todos os produtores foi o interesse de grandes empresas na compra da soja plantada na região, como a Bunge, Cargill, Agrex, dentre outras. “Também é importante destacar que a melhoria genética dos grãos tem garantido novos mercados, como o da China, uma das grandes compradoras da soja brasileira”, ressaltou Marasca.

 

Após o Vazio Sanitário, Marasca prepara um novo plantio já para o dia 20 de outubro. “Nossa produção média é 60 sacas de soja por hectare em uma área plantada em torno de 1.500 mil hectares”.

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