Ícone do site Gazeta do Cerrado

Professor tocantinense vence prêmio nacional com projeto sobre experiências esportivas

Um projeto para diversificar as experiências esportivas dos estudantes do Colégio Estadual Candido Figueira, em Figueirópolis, rendeu ao educador físico Weliton de Freitas Silva, o título de vencedor do 11º Prêmio Professores do Brasil. Ele e outros quatro profissionais do Ceará, Pará, Mato Grosso e Piauí, foram os campeões nacionais na categoria temática especial “Esporte como Estratégia de Aprendizagem”.

O objetivo do prêmio é reconhecer e dar visibilidade ao trabalho dos professores das redes públicas que, no exercício da atividade docente, contribuem de forma relevante para a qualidade da Educação Básica no Brasil. Além das temáticas especiais são premiados professores de ouras seis categorias: creche e pré-escola, na educação infantil; ciclo de alfabetização (1º ao 3º ano) e 4º e 5º ano dos anos iniciais do ensino fundamental; 6º ao 9º ano dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio.

Weliton é servidor efetivo da rede estadual desde 2011 e neste ano completa 11 anos como professor. Ele foi o único representante tocantinense premiado na edição 2018. Emocionado com a vitória, ele revelou que a notícia foi recebida no Dia do Professor. “Foi um presente maravilhoso. Alcançar esse reconhecimento nacional não era a pretensão do projeto, mas é realmente muito gratificante”, disse.

Para ele, a premiação vai além da valorização profissional. “Tenho hoje ainda mais convicção que é na sala de aula que a gente contribui para formar um cidadão crítico, consciente e capaz de lutar por seus ideais. Ver a mudança acontecer e aquelas sementinhas plantadas lá atrás germinando, crescendo e dando frutos é realmente o que nos motiva a continuar”, enfatizou.

Como premiação, Weliton receberá R$ 5.000,00, que segundo ele será totalmente revestido em material esportivo para a escola. Ele também fará uma viagem de uma semana para o Rio de Janeiro onde participará da cerimônia de premiação com todas as despesas custeadas pelo Prêmio.

O projeto vencedor

A motivação para o projeto “O Brasil não é somente o País do Futebol, como uma grande maioria prega por ai!” surgiu durante as aulas práticas de educação física, quando parte dos alunos queria jogar somente futebol , enquanto outros não tinham interesse pela modalidade. “Além de ser repetitivo, os alunos que não queriam jogar ficavam embaixo de um pé de manga próximo às salas de aula, e muitos rabiscavam seus nomes nas paredes dos muros. As meninas também não se identificavam com o futebol”, conta Weliton.

Foi aí que ele resolveu incluir nas aulas práticas e teóricas, outras modalidades. Em apenas um ano, o professor introduziu o atletismo, badminton, basquete, handebol, tênis de mesa, vôlei e xadrez. Além de apresentar novos esportes, Weliton passou a trabalhar com os estudantes a conscientização voltada para a preservação do patrimônio público. “Procurei desenvolver meu trabalho de forma contextualizada, atrativa e ao mesmo tempo conscientizar os alunos sobre a importância de se envolverem na busca por melhorias dentro do Colégio e de conservar o que já dispõem”.

Inclusão e conservação do patrimônio público

Segundo ele, o resultado superou as expectativas. “Os alunos aprenderam sobre novos esportes, incluímos as meninas nas competições e eles passaram a ter mais consciência sobre a importância do esporte para o bem estar físico e metal. Eles também auxiliaram na demarcação das linhas e na manutenção das quadras”, relatou.

Vendo a empolgação dos jovens, o professor decidiu então promover um torneio interclasse no município. Com a ajuda dos colegas professores para arbitragem e de outros parceiros, a competição foi um sucesso com direito à distribuição de medalhas, sorteio de brindes e torcida organizada.

Se para o mestre o projeto valeu à pena, para os aprendizes, os ganhos foram ainda maiores, tendo inclusive conseguido vaga na disputa dos Jogos Escolares do Tocantins (Jets). “Lembro como se fosse hoje o professor explicado, na primeira aula, a diferença de futebol pra futsal. Com a chegada dele, a escola mudou muito e as aulas de educação física principalmente, pois estávamos todos acostumados mais com o futebol.  Agora vou representar minha cidade nos Jets, em Palmas, no lançamento de disco, uma modalidade que nunca passou pela minha cabeça gostar e praticar. Aprendemos muito com o professor Weliton”, externou o estudante João Victor, de 14 anos.

Fonte: Ascom Seduc/TO

Sair da versão mobile