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Professores repudiam falas de Josi sobre greve e dizem que Gurupi é conduzido com ‘mão de ferro’

Foto – Divulgação

Os professores da rede municipal de Gurupi em greve, através do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Tocantins (Sintet Regional Gurupi), encaminhou uma nota neste sábado, 27, onde repudia as ações da prefeita Josi Nunes, após suas falas durante coletiva de imprensa para falar sobre o assunto esta semana. (Entenda o assunto mais embaixo). 

Após ter sido considerada ilegal, Josi alertou para uma série de medidas contra os grevistas que foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) na sexta-feira, 26.

Ainda conforme a nota encaminhada pelo Sintet, “os professores em greve estão perplexos com a mão de ferro que hoje conduz Gurupi, e aguardam que a prefeita retorne as falas de campanha, onde portava-se democraticamente e sem ameaças, bem como retome a sua amistosa afetividade por essa categoria.

Veja na íntegra

Nota de repúdio dos professores que estão em greve – Gurupi TO
Sábado, 27 de agosto de 2022

“O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” Parafraseando a filósofa Simone de Beauvoir, o SINTET Regional de Gurupi vem a público manifestar seu veemente repúdio as decisões tomadas pela prefeita de Gurupi Josi Nunes, juntamente com o secretário – professor e vereador Davi Pereira de Abrantes, que de forma intimidadora e não democrática abriu processo administrativo disciplinar contra os diretores – eleitos conforme a Lei Orgânica em seu art. 126,  que unicamente reivindicam melhores salários, o que é um DIREITO.

O Diário Oficial do Município de Gurupi (DOMG), n° 0573, publicado nesta sexta-feira, 26 de agosto, traz nas suas páginas, a abertura dos referidos processos administrativos disciplinar contra os professores grevistas bem como afastamento de diretores de escolas, e ainda a contratação temporária de novos professores para assumirem os postos dos professores grevistas.

O ato praticado pela atual gestão do Município de Gurupi Estado do Tocantins é abusivo e arbitrário, uma vez que viola o princípio da dignidade humana, a valorização do trabalho, a Lei de greve nº 7.783 de 28 de junho de 1989 e a sumula 316 do STF, disposições previstas na Constituição Federal de 1.988 e no Plano de Cargo e Salários dos Professores.

Os professores de Gurupi questionam: Está em curso o slogan da gestão, a tão afamada GESTÃO HUMANIZADA, que foi propagada em período de campanha?

A gestão humanizada se baseia em um modelo de liderança que se fundamenta na garantia das boas condições de trabalho para os trabalhadores, no bem-estar do servidor e em uma gestão próxima, que entenda as necessidades dos trabalhadores, mas não é o que se vê atualmente na gestão municipal.

A prefeita Josi Nunes não esboça qualquer reação de empatia por aqueles e aquelas que em campanha eleitoral, se colocavam como iguais, prometendo respeitar e valorizar a educação básica pública, bem como os profissionais do magistério.

Para os professores, as medidas tomadas pela gestão são sorrateiras e não condizem com a imagem da gestão municipal.

Os professores em greve estão perplexos com a mão de ferro que hoje conduz Gurupi, e aguardam que a prefeita retorne as falas de campanha, onde portava-se democraticamente e sem ameaças, bem como retome a sua amistosa afetividade por essa categoria.

A categoria continua em greve na luta por respeito e valorização, pela garantia dos direitos previstos em lei.

A assessoria jurídica do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (SINTET) analisa as medidas judiciais a serem tomadas em defesa dos trabalhadores afetados pelo decreto municipal.

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor”.
Paulo Freire

Gabriela Zanina
Presidenta do SINTET, Regional de Gurupi.
Gurupi, aos 27 de agosto de 2022.

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