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Projeto de lei quer que tempo de prematuros em UTI não seja contabilizado durante licença maternidade

Projeto de lei quer que tempo da licena maternidade não seja contabilizado durante internação de prematuros em UTI - Reprodução Google Imagens

Tramita na Assembleia Legislativa do Tocantins (AL-TO), o Projeto de Lei (PL) nº 89/2018 da deputada estadual Valderez Castelo Branco (Progressistas), que altera a Lei nº 1.818, Art. 96, para que o tempo em que recém-nascidos prematuros estiverem na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal não seja contabilizado durante o prazo da licença maternidade.

Na prática, a matéria busca fortalecer vínculo da criança com a sua mãe, garantindo o direito à convivência entre ambos, durante o período que o exige maior preocupação, levando em conta as particularidades do caso.

Segundo o PL, a licença maternidade deve ser específica, e não pode ser contada durante o período de internação, quando a criança fica, na maior parte do tempo, sob cuidados médicos e não de sua genitora.

Projeto está em tramitação é da deputada estadual Valderez Castelo Branco

Desta forma, entende-se que o período na UTI deve ser interpretado à luz do inciso II do Artigo 88 da Lei nº 1.818, que concede ao servidor licença por motivo de doença em pessoa da família.

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Para a jornalista Fernanda Veloso, que acompanhou por 46 dias o seu filho recém-nascido em uma UTI, o PL é uma iniciativa louvável e poderá oferecer um acalento às mães que vivenciam esse processo tão difícil. “Quando passei por essa situação, senti como se estivessem roubando o tempo com meu filho. Um projeto como este, que torna este resgate de tempo possível, é muito importante para garantir ao bebê um desenvolvimento adequado”, declarou.

Para a deputada, este é um grande benefício para as mães que precisam estar próximos de seus filhos e acompanhar os primeiros dias de vida. “Com mais tempo juntos, asseguramos maior desenvolvimento físico, psíquico e emocional das crianças, que se encontram fragilizadas”, justifica a parlamentar. O Projeto de Valderez está na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) e deve receber, em breve, parecer do relator da matéria.

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