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Quais são os benefícios de se exercitar nas fases jovem, adulta e idosa?

Assumir um estilo de vida saudável é algo recomendado para todas as idades. Enquanto muitos pensam que a aposentadoria deve ser recheada de sofá, televisão e netos correndo pela casa, é importante lembrar que a alimentação limpa e a prática de atividade física  depois dos 30 e durante a terceira idade é tão importante quanto na juventude. “A mudança do metabolismo ocorre porque o indivíduo adulto passa a ter uma carga de trabalho maior, menos tempo para fazer exercícios e, consequentemente, há uma mudança na composição corporal, quando ele passa a ter menos músculo e mais gordura”, aponta o endocrinologista titular da da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Guilherme Renke.

Dessa forma, ser saudável na juventude não equivale a bem-estar ao envelhecer. Para endossar essa afirmação, um estudo publicado na revista JAMA Network Open aponta que os benefícios em se exercitar não acompanham o indivíduo pelo resto da vida. A investigação feita pelo Instituto Nacional de Câncer (NCI) e pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos prova que não há grandes diferenças entre as vantagens de começar a se exercitar na fase adulta e na fase jovem.

É claro que quando começamos a praticar atividades desde pequenos, a qualidade de vida aparece logo cedo. Por isso, é importante se mexer sempre. Contudo, para envelhecer saudavelmente escolha o seu exercício favorito para aderir à rotina e não coloque culpa na idade.

Chamado de “Estudo sobre Alimentação e Saúde dos Institutos Nacionais de Saúde – AARP”, mais de 31 mil estadunidenses de diferentes faixas etárias participaram das análises, sendo que 58,2% eram homens. Os cientistas agruparam os indivíduos de acordo com a idade e com o nível de atividade realizada em determinado período de suas vidas.

Os resultados apontam que pessoas ativas na juventude e sedentárias na vida adulta não mantinham os benefícios esportivos ao passar dos anos. Além disso, os sedentários durante toda a vida tinham os índices de risco de morte um terço maior. Já aqueles que pararam de se mover entre 20 e 30 anos, mas voltaram ao hábito depois dos 40, garantiram as mesmas vantagens do que os aqueles que nunca largaram o esporte. Isso significa que os riscos de desenvolvimento de doenças cardíacas e câncer caiu.

Por isso, nunca é tarde para começar, mesmo que nosso corpo e disposição mudem com o passar dos anos. “Alguns estudos nos mostram uma queda significativa de alguns hormônios a partir dos 30, 35 anos”, aponta o endocrinologista indicando que os compostos que têm a concentração diminuída na fase adulta são o dehidroepiandrosterona (SDHEA), mais conhecido como hormônio da juventude, em seguida, os relacionados à chegada da menopausa entre as mulheres e à deficiência androgênica do envelhecimento masculino, por volta dos 45, 50 anos. “Até é possível dizer que o metabolismo fica mais lento, só que isso se deve em razão ao aumento do percentual de gordura em relação à massa muscular, que é a responsável por maior gasto calórico do corpo”, completa.

Os benefícios vão além de estar em forma quando falamos na proteção de doenças crônicas. “As atividades físicas nos protegem de várias maneiras, mas principalmente pela produção de antioxidantes, importantes para o metabolismo, vasodilatação e oxigenação dos tecidos. Isso auxilia a produção de citocinas, e consequentemente a diminuição da inflamação crônica”, detalha Guilherme. “No caso do câncer, alguns estudos mostram que a atividade física diminui o risco, principalmente porque a síndrome metabólica e o sobrepeso, que atingem pessoas sedentárias, aumentam muito o risco de desenvolver a doença”.

Os pesquisadores dos Estados Unidos recomendam que adultos pratiquem, no mínimo, 150 minutos por semana de atividade aeróbica de intensidade moderada. Mas além de manter-se ativo, existem outros fatores cruciais na prevenção de doenças, como a alimentação.”Nós temos vários estudos mostrando que o grande problema da alimentação é o processamento. Ter uma alimentação limpa, consumir alimentos frescos, em vez dos empacotados, deveria representar 80% da alimentação” alerta o médico, que afirma que a rotina nutricional vegetariana pode representar a diminuição nos riscos de enfermidades cardiovasculares, devido ao maior consumo de alimentos frescos e vivos.

Fonte: Casa e Jardim

 

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