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Quase 2 anos sem Moisés: Família diz ter certeza que crime foi político e acusa negligência em investigações

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Prestes a completar dois anos do assassinato do ex-prefeito de Miracema, Moisés da Sercon, a Gazeta conversou com a família e buscou detalhes da investigação do caso que chocou o Estado e a cidade em 30 de agosto de 2018.

O irmão da vítima,  Fidel Costa conversou com nossa equipe e disse que já existem dois suspeitos para a segunda fase da investigação.

“O inquérito foi para o juiz de Miranorte ainda no final de outubro, a Polícia enviou com os suspeitos para o juiz de Miranorte que cuida do caso, ele enviou pra o Tribunal de Justiça que ficou dividido entre dois desembargadores onde ficou por quatro meses. A resposta que tivemos é que o TJ devolveu para o juiz de primeira instância para fazer suas deliberações. Fomos até ele é ele disse que o caso estava bem adiantado e devolveu para a SSP. O que já sabemos é que já tem os suspeitos para a segunda fase da investigação”, disse

O caso está em sigilo de justiça.

“No dia 30, respeitando a pandemia, vamos fazer uma programação diferenciada com um videodocumentário relembrando os dois anos do Moisés mostrando como está o caso, como foi o período e como está o andamento”, disse.

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Ele afirmou ainda: “Vamos também fazer uma campanha dos dois anos cobrando a solução para o caso para que a secretaria dê suporte aos investigadores. A secretaria de segurança pública tem negligenciado e não tem dado o suporte que o caso merece”, acusou a família.

“Esse caso tem que ser elucidado antes das eleições por se tratar de características de crime político”,
Completou.

“Nosso sentimento é de dor, revolta e insegurança, cada dia que passa a dor é maior. Todos estão esperando isso”, disse. Segundo ele o assassinato foi arquitetado. “Todos os outros motivos já foram descartados e o crime é político”, afirmou.

“Queremos saber o que aconteceu mesmo que não vá trazer ele de volta. Os empecilhos que notamos e a falta de investimento com material humano para que o caso seja elucidado. O Estado simplesmente se calou”, disse.

O que diz a SSP?

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) se manifestou à Gazeta sobre o caso. Veja a resposta sobre o caso encaminhada à nossa equipe.

O órgão informou que a Polícia Civil do Tocantins, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Palmas, informa que continua em andamento a investigação sobre a morte do prefeito de Miracema, Moisés Costa da Silva, para que o crime possa ser elucidado. Ressalta ainda que cada investigação é um caso e que cada uma tem um tempo próprio.

Entenda o caso

Moisés Costa da Silva foi assassinado com tiro na cabeça no dia 30 de agosto de 2018 — Foto: Divulgação/Prefeitura de Miracema

Moisés da Sercon foi encontrado morto em uma estrada vicinal entre Miranorte e Rio dos Bois com uma marca de tiro na cabeça no dia 30 de agosto de 2018. Inicialmente, a investigação seguia três hipóteses: suicídio, latrocínio e homicídio. O prefeito estava no primeiro mandato, eleito com 84% dos votos válidos.

A família sempre defendeu que não tinha sido suicídio, porque o prefeito não aparentava qualquer sinal de que estivesse enfrentando situação que levasse a isso. O laudo pericial confirmou.

Cansados de esperar, familiares do político chegaram a contratar investigadores particulares para tentar solucionar o caso.

 

Maju Cotrim

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