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Quase 88% dos tocantinenses não possuem plano de saúde, mostra pesquisa do IBGE

Planos de Saúde - Divulgação

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em 2019, cerca de 12,1% dos tocantinenses possuíam algum plano de saúde médico. O restante da população do estado (87,9%) dependia do Sistema Único de Saúde (SUS). No Brasil, a proporção de pessoas com assistência médica e hospitalar privada ficou em 26%. As regiões Sudeste (34,9%), Sul (30,5%) e Centro-Oeste (26,4%) apresentaram os maiores percentuais, e o Nordeste (14,1%) e o Norte (13%), os menores.

Em 17 Unidades da Federação, a proporção de residentes com plano de saúde médico não alcançava 20% da população. Tocantins ficou com o sexto menor índice no ranking nacional. Mesmo nos estados onde os rendimentos per capita são mais elevados, a proporção de pessoas com plano de saúde médico não alcançava 40% da população, como por exemplo: São Paulo (38,4%); Distrito Federal (37,4%); Rio Grande do Sul (35,4%) e Rio de Janeiro (35,0%).

A proporção de pessoas com plano de saúde odontológico é ainda menor. No Tocantins, apenas 5,5% contavam com a assistência, no ano passado. Os estados das regiões Norte (8,3%) e Nordeste (9,1%) registraram os menores percentuais. Já do total da população brasileira, o índice ficou em 12,7%.

Esses dados foram divulgados nesta sexta-feira, 4, na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, realizada pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde. O primeiro volume da PNS traz informações sobre acesso e utilização dos serviços de saúde, cobertura de planos de saúde, presença de animais nos domicílios e sua vacinação, características dos domicílios, entre outros.

Atendimento médico
De acordo com os resultados da PNS, 15,8% dos tocantinenses procuraram algum atendimento de saúde nas duas últimas semanas anteriores à data de referência da pesquisa. Destes, 87,8% afirmaram ter conseguido passar por avaliação médica, sendo que apenas 69,6% foram atendidos na primeira vez que procuraram o atendimento.

Cerca de 7,7% dos tocantinenses ficaram internadas em hospitais por 24 horas ou mais nos 12 meses anteriores à data da entrevista da PNS. Do total de internados, a maioria (76,6%) tiveram atendimento por meio dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Em estabelecimento de saúde privado, a proporção foi de 23,4%.

A PNS estimou que o Tocantins é o segundo estado, após o Piauí, com a maior proporção de domicílios (88,5%) cadastrados na Unidade de Saúde da Família, do Ministério da Saúde, sendo que 71,1% dos domicílios cadastrados receberam pelo menos uma visita do agente de endemias nos 12 meses anteriores à pesquisa, mas 28,9% disseram que nunca haviam recebido o profissional.

Saneamento
A pesquisa revela, ainda, alguns dados referentes ao saneamento básico. A proporção de domicílios no Tocantins com água encanada, em 2019, era de 95,8%, o segundo estado com maior percentual da Região Norte. O primeiro do ranking foi Rondônia, com 98,8%.

Por outro lado, a proporção de lares tocantinenses com banheiro de uso exclusivo e esgotamento sanitário ficou entre as seis menores das regiões Norte e Nordeste e também do país (24,9%). Em relação a coleta de lixo por serviço de limpeza direta ou por caçamba, Tocantins também ficou entre os estados com os mais baixos índices de domicílios atendidos (81,7%), o sétimo na comparação nacional.

Animais domésticos
A PNS estimou que 49% dos domicílios do Tocantins possuíam pelo menos um cachorro e 17,2% pelo menos um gato. Em 61,7% dos domicílios que tinham esses animais, todos os cachorros e gatos haviam sido vacinados contra a raiva nos 12 meses anteriores à data da entrevista.

No Brasil, 46,1% dos lares tinham pelo menos um cachorro e 19,3%, pelo menos um gato. Dos domicílios com presença de algum cachorro ou gato, 72,0% tiveram todos esses animais vacinados contra raiva.

Práticas integrativas
Do total de residentes no Tocantins, 6,2% utilizaram alguma prática integrativa e complementar – tratamentos como acupuntura, homeopatia, uso de plantas medicinais e fitoterapia, dentre outros, em 2019. Esse uso foi identificado em proporções maiores nas Regiões Norte (5,7%) e Sul (5,4%) e oscilou em torno da média nacional (4,6%) nas demais regiões.

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