Sidiney de Oliveira Silva, de 44 anos, presidente da Associação de Brigadistas da Brigada Federal (Brif) Nordeste, foi assassinado com um disparo de espingarda cartucheira enquanto verificava o carro na porta da casa de sua irmã em Formoso do Araguaia. O tiro fatal partiu de uma casa abandonada localizada em frente à residência da irmã, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Sidiney, que trabalhou por anos no combate a incêndios florestais pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), havia sido contratado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para atuar como brigadista no Tocantins neste ano, mas foi morto antes de iniciar suas atividades.
Até o momento, o suspeito do crime não foi identificado. Uma testemunha relatou à polícia que, na manhã do dia 15, avistou uma motocicleta parada na esquina da rua onde Sidiney foi morto. O motoqueiro, que vestia uma jaqueta e capacete, observava a área atentamente e permaneceu por um tempo no local.
Segundo o boletim de ocorrência, Sidiney havia levantado por volta das 7h30 e estava verificando a água e o óleo do carro quando foi atingido. A irmã de Sidiney ouviu barulhos de “explosões” e correu até a porta, encontrando o irmão caído e agonizando perto do portão. Uma ambulância foi chamada, mas a enfermeira apenas pôde confirmar o óbito.
A Polícia Militar fez patrulhamento na região no dia do crime, mas não encontrou nenhum suspeito. O corpo de Sidiney foi enterrado no domingo (16) no cemitério municipal de Formoso do Araguaia. O caso está sendo investigado pela 84ª Delegacia de Polícia da cidade.
Quem era Sidiney
Sidiney de Oliveira Silva, conhecido carinhosamente como ‘Neném’ por amigos e colegas, tinha 44 anos, era casado e pai de três filhos. Ele morava na Aldeia Imotxi II, na Ilha do Bananal. Com vasta experiência no manejo integrado do fogo, Sidiney operava equipamentos utilizados no combate a incêndios, como o Sling Dragon, usado em queimas prescritas a partir de helicópteros.
O Ibama divulgou uma nota de pesar, destacando a dedicação e a competência de Sidiney em sua profissão. Sua morte deixou uma lacuna irreparável na luta contra os incêndios florestais no Tocantins.