© Arte / Forbes Marcelo Rodolfo Hahn, Vera Rechulski Santo Domingo e Alexandre Ostrowiecki são alguns dos novatos na lista de bilionários brasileiros da Forbeslista de bilionários brasileiros da Forbes de 2021 traz 315 nomes. Os ingressantes possuem idade, fortuna e atuação em setores diversos. Entre os destaques está Marcelo Rodolfo Hahn, o mais rico entre os novatos. Aos 52 anos, seu patrimônio é estimado em R$ 7,54 bilhões, fruto da participação na Blau Farmacêutica, companhia que estreou na Bolsa em abril deste ano e figura entre as principais farmacêuticas da América Latina.Outro recém-chegado é Israel Fernandes Salmen, que também viu a valorização do seu patrimônio após a listagem de ações da sua empresa, a companhia de cashback Méliuz. Aos 33 anos, ele ocupa a 297ª posição na nova lista de bilionários ao lado do sócio e CEO da companhia, Ofli Campos Guimarães. Cada um deles possui fortuna estimada de R$ 1,15 bilhão.

O ano movimentado para os IPOs garantiu ao Brasil a quinta maior capitalização de mercado do mundo: aproximadamente R$ 5,5 trilhões, distribuídos em 388 companhias. Considerando o desmembramento de famílias e os novatos, o ranking da Forbes deste ano traz 77 nomes a mais do que em 2020. Juntos, os bilionários brasileiros acumulam patrimônio de R$ 1,9 trilhão em 2021.

O ranking deste ano também está mais diverso, já que os 40 novos bilionários vêm de 34 empresas diferentes. Só a Metalúrgica Schulz, companhia de Joinville (SC), adicionou três novatos ao seleto grupo: Gert Heinz Schulzr (74 anos), Waldir Carlos Schulzr (70 anos) e Ovandi Rosenstock (79 anos).

A lista de bilionários brasileiros segue os critérios da Forbes norte-americana, tendo a participação em empresas listadas em bolsas de valores como principal fonte de informação. A data de corte da apuração do patrimônio foi o fechamento do primeiro semestre de 2021, ou seja, 30 de junho.

89ª edição da revista Forbes já está disponível para download no aplicativo com a relação completa da exclusiva lista de bilionários brasileiros.

Veja, na galeria de fotos a seguir, os 40 novos bilionários brasileiros e suas respectivas fortunas:

  • Marcelo Rodolfo Hahn

Posição no ranking: 67ª

Patrimônio: R$ 7,54 bilhões

Idade: 52

Fonte da fortuna: Blau Farmacêutica

O empresário paulista é fundador e dono da Blau Farmacêutica, que fez seu IPO na B3 em abril deste ano. Criada em 1987, a Blau é uma das principais farmacêuticas da América Latina, focada na produção de medicamentos de alta complexidade para o segmento hospitalar. Antes de produzir remédios, Hahn teve uma companhia de importação de preservativos com a marca Preserv. Também é um conhecido patrocinador e piloto de automobilismo.

  • Vera Rechulski Santo Domingo

Posição no ranking: 84ª (empate)

Patrimônio: R$ 6 bilhões

Idade: 72

Fonte da fortuna: Grupo Santo Domingo

Vera é viúva de Julio Mario Santo Domingo Jr., filho do barão da cerveja colombiano Julio Santo Domingo, falecido em 2009. A brasileira controla cerca de 10% da holding da família sediada em Luxemburgo, por meio da qual possui ações da Anheuser-Busch InBev. Seus filhos, Tatiana Casiraghi e Julio Mario Santo Domingo III, têm participações menores (cerca de 5% cada um). Tatiana é casada com o príncipe Andrea Casiraghi, filho da princesa Caroline de Mônaco. Os Santo Domingo também têm participação na Château Pétrus, vinícola perto de Bordeaux que produz alguns dos vinhos mais caros do mundo, na Keurig Dr. Pepper, na Kraft Heinz e na JDE Peet’s.

  • Henrique Moraes Domingo Salvador

Posição no ranking: 86ª

Patrimônio: R$ 5,95 bilhões

Idade: 63

Fonte da fortuna: Mater Dei

O médico mastologista Henrique Salvador Silva é CEO e acionista do Mater Dei, grupo hospitalar criado em 1980 em Belo Horizonte (MG) por seu pai. O grupo abriu o capital na B3 em abril deste ano. Além de Henrique, são importantes acionistas seus três irmãos, Renato, Maria Norma e Márcia. As últimas duas são médicas e também atuam na direção da rede. Líder de mercado em Minas Gerais, o Mater Dei tem três hospitais na região metropolitana de Belo Horizonte. Um quarto hospital está em construção em Salvador (BA). Henrique fez parte da equipe responsável pela concepção, no Hospital Mater Dei, do primeiro bebê de proveta de Minas, nos anos 1980.

  • Jorge Luiz Savi de Freitas

Posição no ranking: 95ª

Patrimônio: R$ 5,27 bilhões

Idade: ND

Fonte da fortuna: Intelbras

A família Savi de Freitas é controladora da Intelbras, maior fabricante nacional de câmeras e equipamentos de segurança eletrônica e comunicação, que fez seu IPO em fevereiro deste ano, levantando R$ 1,3 bilhão. A Intelbras foi fundada em 1976 por Diomício Freitas em São José (SC) como Indústria de Telecomunicação Eletrônica Brasileira. É dona das marcas Automatiza e Engesul.

  • Alexandre Ostrowiecki

Posição no ranking: 96ª

Patrimônio: R$ 5,15 bilhões

Idade: 42

Fonte da fortuna: Multilaser

Ele é CEO e principal acionista da Multilaser, que abriu o capital na B3 neste ano. A empresa foi fundada em 1987 por Israel Ostrowiecki, pai de Alexandre, e começou trocando cartuchos de tinta para impressoras. Em 1991, havia se tornado a única na América Latina a oferecer recarga de cartuchos. Hoje vende mais de 5.000 produtos, dominando 65% do mercado de pendrives e 39% dos cartões de memória no Brasil. Também fabrica e vende smartphones, notebooks e acessórios para computador, além de produtos voltados à saúde e esportes, brinquedos e segurança.

  • José Roberto Nogueira

Posição no ranking: 98ª

Patrimônio: R$ 4,80 bilhões

Idade: 56

Fonte da fortuna: Brisanet

Autodidata, José Roberto deixou sua cidade natal na zona rural do Ceará aos 21 anos para trabalhar na Embraer, em São Paulo. Em 1998 fundou a Brisanet, maior provedora independente de internet e fibra óptica do Brasil, que fez IPO em julho. A empresa soma 14,4 mil quilômetros de infraestrutura de backbone e atende Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

  • Alexandre Funari Negrão

Posição no ranking: 100ª (empate)

Patrimônio: R$ 4,70 bilhões

Idade: 68

Fonte da fortuna: Medley

Com sua família, Xandy Negrão, como é mais conhecido, controla a Aeris, fabricante de pás para turbinas de energia eólica do Ceará, que fez seu debute na bolsa brasileira em novembro de 2020. Antes da Aeris, foi fundador e dono da Medley, que chegou a ser o maior laboratório de genéricos do Brasil e que foi vendida para a francesa Sanofi em 2009, por US$ 664 milhões. Xandy é também piloto da Stock Car, esporte que compartilha com o filho e também acionista da Aeris, Alexandre Sarnes Negrão. A família ainda é dona da Conforto, uma das maiores fazendas de confinamento de gado do país, em Goiás, e de residências de luxo na Europa.

  • José Augusto Carvalho Aragão

Posição no ranking: 124ª (empate)

Patrimônio: R$ 3,65 bilhões

Idade: ND

Fonte da fortuna: Armac

O empresário é fundador da Armac, maior empresa de locação de equipamentos para agronegócio e mineração do Brasil. A companhia abriu seu capital na B3 em julho. José Augusto controla a empresa ao lado da esposa Lúcia e dos dois filhos, Fernando e José Pereira de Aragão – respectivamente CEO e COO da companhia. Lúcia é vice-presidente do conselho de administração.

  • João Guilherme Sabino Ometto

Posição no ranking: 162ª (empate)

Patrimônio: R$ 2,83 bilhões

Idade: 81

Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

  • Luiz Antonio Cera Ometto

Posição no ranking: 162ª (empate)

Patrimônio: R$ 2,83 bilhões

Idade: 86

Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

Os primos Luiz Antônio e João Guilherme são os maiores acionistas do grupo São Martinho, ao lado de um terceiro primo, Nelson Ometto. O trio é primo de outro bilionário, Rubens, da Cosan. A família Ometto começou a trabalhar com cana-de-açúcar em 1914 e a produzir álcool em 1937. Hoje a São Martinho é uma das maiores usinas sucroalcooleiras do mundo. O grupo também produz energia elétrica a partir do bagaço da cana. Na bolsa desde 2007, duplicou seu valor de mercado no último ano.

  • Pedro Paulo Chiamulera

Posição no ranking: 184ª

Patrimônio: R$ 2,53 bilhões

Idade: 57

Fonte da fortuna: ClearSale

Ex-atleta e cientista da computação, Pedro Chiamulera é fundador da ClearSale, que fez sua estreia na bolsa brasileira em julho. Corredor de 110 metros e 400 metros com barreiras que representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992) e Atlanta (1996), aos 33 anos ele criou a empresa que hoje é líder em soluções antifraude e atende as maiores operadoras de e-commerce do Brasil.

  • Frank Geyer Abubakir

Posição no ranking: 208ª

Patrimônio: R$ 2,15 bilhões

Idade: 49

Fonte da fortuna: Petroquímica União

É bisneto do emblemático Alberto Soares de Sampaio, um dos fundadores da Petroquímica União e da Unipar, empresa de capital aberto da qual a família é acionista. Pioneira na implantação de polos petroquímicos no Brasil e na Argentina, a Unipar é líder na produção de cloro, soda e PVC na América do Sul.

  • Marcos Odorico Oderich

Posição no ranking: 217ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,90 bilhão

Idade: 65

Fonte da fortuna: Oderich Conservas

A família controla a Oderich Conservas, fundada no Rio Grande do Sul em 1908 pelo alemão Adolfo Oderich. Com sede em Montenegro (RS), foi a primeira empresa de alimentos enlatados criada no Brasil e a terceira no mundo – e é hoje comandada pela quarta geração, depois que os irmãos João Adolfo, Marcos e Cláudio Oderich assumiram a dianteira nos anos 1980. Marcos e Cláudio atuam como diretores comercial e industrial, respectivamente. Marcos também preside o conselho. As ações dispararam neste ano.

  • Marino e Camila Stefani Colpo

Posição no ranking: 223ª

Patrimônio: R$ 1,81 bilhão

Idade: 37 (Marino) e 32 (Camila)

Fonte da fortuna: Boa Safra

Os irmãos Marino e Camila são os fundadores e principais acionistas da Boa Safra, maior produtora de sementes de soja do Brasil e que fez seu IPO em abril deste ano. São filhos do engenheiro Neri Colpo, inspirador do projeto que deu origem à empresa, e donos de fazendas na região Centro-Oeste.

  • João Marcelo Dumoncel

Posição no ranking: 228ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,78 bilhão

Idade: 50

Fonte da fortuna: 3tentos Agroindustrial

  • Luiz Osório Dumoncel

Posição no ranking: 228ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,78 bilhão

Idade: 59

Fonte da fortuna: 3tentos Agroindustrial

Os irmãos Luiz Osório e João Marcelo Dumoncel são os principais acionistas da Três Tentos (3tentos), empresa gaúcha de agronegócio criada em sociedade com o pai, João Osório Dumoncel, um dos pioneiros no plantio de trigo no noroeste do Rio Grande do Sul. A companhia sediada em Santa Bárbara do Sul (RS) fez sua estreia em bolsa neste ano. A 3tentos atua na produção de sementes e armazenagem de grãos, além de vender defensivos e fertilizantes

  • José Caetano Paula de Lacerda

Posição no ranking: 235ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,65 bilhão

Idade: ND

Fonte da fortuna: Grupo GPS

Ex-executivo da Odebrecht, José Caetano é o maior acionista individual do grupo GPS. Maior empresa de serviços terceirizados de limpeza, manutenção e segurança do país, a GPS fez seu IPO em abril deste ano. Fundada em Salvador (BA) em 1962, emprega mais de 100 mil pessoas no país, atendendo prédios de grandes corporações, como Petrobras e Grupo Pão de Açúcar.

  • Roberto Saddy Chade

Posição no ranking: 249ª

Patrimônio: R$ 1,53 bilhão

Idade: 48

Fonte da fortuna: Dotz

A família Chade é a principal acionista da Dotz, companhia de programas de fidelidade que fez sua estreia no mercado acionário brasileiro em maio deste ano. A empresa de tecnologia foi fundada em 2000, durante o boom da internet, pelos irmãos Roberto e Alexandre Saddy Chade, com o reforço do pai Oswaldo. Os três detêm cerca de 85% da companhia.

  • Carlos Nascimento Pedreira Filho

Posição no ranking: 250ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,52 bilhão

Idade: 37

Fonte da fortuna: Grupo GPS

Sócio-fundador da GPS, Carlos e seus familiares detêm a segunda maior participação acionária da companhia, que abriu capital na B3 neste ano. A exemplo do sócio José Caetano de Lacerda, ele também é ex-executivo do grupo Odebrecht.

  • Péricles de Freitas Druck

Posição no ranking: 253ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,40 bilhão

Idade: 80

Fonte da fortuna: Grupo Habitasul/Celulose Irani

A família Druck é controladora do Grupo Habitasul, fundado em Porto Alegre (RS) em 1967. O grupo atua no mercado imobiliário e hoteleiro, com projetos de renome como Jurerê Internacional (em Florianópolis, SC) e Hotel Laje de Pedra (em Canela, RS) – este último, vendido no início deste ano. Seu braço industrial, a Celulose Irani, fabricante de papel e celulose, fez um re-IPO em 2020 que ajudou a duplicar seu valor

  • Dório Ferman

Posição no ranking: 263ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,34 bilhão

Idade: 72

Fonte da fortuna: Banco Opportunity

Um dos sócios-fundadores do Banco Opportunity, Dório está na lista por sua fatia acionária na Santos Brasil, maior empresa de terminais portuários da América do Sul. Criada em 1997, depois da aquisição do Tecon Santos (SP), o grupo opera os terminais marítimos Tecon Santos (SP), Tecon Vila do Conde (PA) e Tecon Imbituba (SC). Também opera um terminal de carga geral, o TCG Imbituba (SC), e um terminal exclusivo para movimentação de veículos (TEV) em Santos (SP).

  • Fábio Ferreira Figueiredo

Posição no ranking: 270ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,30 bilhão

Idade: ND

Fonte da fortuna: Cruzeiro do Sul

Fábio é um dos três filhos do professor Hermes Ferreira Figueiredo, cofundador do grupo de educação Cruzeiro do Sul, que morreu em abril deste ano, aos 83 anos, semanas depois do IPO. Fábio é copresidente, ao lado de Renato Padovese, filho e herdeiro de Gilberto Padovese (1937-2011), outro fundador. O grupo nasceu em 1965 com o Colégio Cruzeiro do Sul, que deu origem à universidade. É o quarto maior grupo privado de ensino superior em número de alunos, dono da Unicid, UDF, Módulo, Universidade Positivo e Braz Cubas.

  • Renato Padovese

Posição no ranking: 270ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,30 bilhão

Idade: ND

Fonte da fortuna: Cruzeiro do Sul

Copresidente do grupo Cruzeiro do Sul Educacional, Renato é filho de Gilberto Padovese (1937-2011), um dos fundadores da rede de ensino que fez IPO na B3 neste ano. A família segue como grande acionista.

  • Gilberto Mautner

Posição no ranking: 276ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,23 bilhão

Idade: 50

Fonte da fortuna: Locaweb

O empresário paulista é um dos sócios fundadores da Locaweb, que abriu o capital na bolsa no início de 2020. Primeira empresa de hospedagem de sites do Brasil, a Locaweb foi criada como um negócio de anúncios de confecções, a Intermoda, em sociedade com os primos da família Gora. Desde seu IPO, a companhia quintuplicou seu valor de mercado. Atualmente, a Locaweb é a maior companhia de hospedagem e serviços de internet da América Latina.

  • Gert Heinz Schulz

Patrimônio: 283ª

Patrimônio: R$ 1,21 bilhão

Idade: 74

Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

  • Waldir Carlos Schulz

Posição no ranking: 284ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,20 bilhão

Idade: 70

Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

Os irmãos Gert e Waldir são filhos de Heinz Schulz, fundador da metalúrgica Schulz, de Santa Catarina, que fabrica produtos usinados, peças para equipamentos agrícolas e de construção, compressores e tornos. A companhia tem sede em Joinville (SC) e uma filial nos Estados Unidos. A família Schulz detém o controle da metalúrgica, que tem ações negociadas em bolsa desde 1994.

  • Nelson Marques Ferreira Ometto

Posição no ranking: 284ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,20 bilhão

Idade: 90

Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

Ao lado dos primos Luiz Antônio e João Guilherme, Nelson Ometto é um dos maiores acionistas do grupo sucroalcooleiro São Martinho. Com quatro unidades em operação, a São Martinho é uma das maiores usinas sucroalcooleiras do mundo.

  • Pedro Geraldo Bernardo de Albuquerque Filho

Posição no ranking: 294ª

Patrimônio: R$ 1,19 bilhão

Idade: 35

Fonte da fortuna: TC Traders Club

Pedro é fundador e CEO do TC Traders Club, plataforma social para investidores que debutou na B3 em julho deste ano. É cofundador da TEx Tecnologia, empresa de software para o mercado de seguros.

  • Otávio Lage de Siqueira Filho

Posição no ranking: 296ª

Patrimônio: R$ 1,16 bilhão

Idade: 65

Fonte da fortuna: Jalles Machado

A família Siqueira é a principal acionista da Jalles Machado, produtora de açúcar e etanol que fez IPO na B3 em fevereiro deste ano. Otávio Filho é o atual CEO da companhia, fundada em 1980 em Goianésia (GO) por seu pai, Otávio Lage de Siqueira, ex-governador de Goiás, em parceria com fazendeiros da região. A empresa, que começou como destilaria de álcool durante a crise do petróleo, ingressou na produção de açúcar em 1993, com a marca Itajá.

  • Israel Fernandes Salmen

Posição no ranking: 297ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,15 bilhão

Idade: 33

Fonte da fortuna: Méliuz

  • Ofli Campos Guimarães

Posição no ranking: 297ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,15 bilhão

Idade: 36

Fonte da fortuna: Méliuz

Israel e Ofli são fundadores da Méliuz, empresa de cashback que fez seu IPO no segundo semestre do ano passado. Fundada em 2011, a companhia disponibiliza gratuitamente em sua plataforma cupons de desconto de lojas online e devolve ao consumidor, em dinheiro, parte do valor gasto nas compras. Israel é o CEO.

  • César Gomes Júnior

Posição no ranking: 300ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,13 bilhão

Idade: 64

Fonte da fortuna: Portobello

A família Gomes controla a Portobello, maior empresa de revestimentos cerâmicos do Brasil. A companhia foi criada em 1979 em Tijucas (SC), por César Bastos Gomes, e ingressou na bolsa de valores em 1991. Além de duas fábricas, a Portobello tem uma rede com dezenas de lojas. César Gomes Júnior, filho do fundador, comandou a expansão da empresa. Atualmente, é presidente do conselho de administração do grupo. As ações da Portobello dispararam no último ano, fazendo o valor de mercado da companhia triplicar no período.

  • Ernesto Mário Haberkorn

Posição no ranking: 303ª

Patrimônio: R$ 1,11 bilhão

Idade: 78

Fonte da fortuna: Totvs

O empresário Ernesto Haberkorn detém a segunda maior participação acionária da empresa de tecnologia Totvs, cujo valor de mercado aumentou 40% neste último ano. Hoje considerada a maior companhia de software do Brasil e a sexta maior do mundo, a Totvs foi criada em 2005 depois da fusão da Microsiga com a Logocenter. Após a abertura de capital na então Bovespa, em 2006, a Totvs incorporou suas principais concorrentes brasileiras – a RM Sistemas, em 2006, e a Datasul, em 2008.

  • Dirley Pingnatti Ricci

Posição no ranking: 304ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,10 bilhão

Idade: ND

Fonte da fortuna: Auto Ricci

O empresário paranaense é fundador da Auto Ricci, locadora de veículos que foi adquirida pela concorrente Locamerica em 2017. Com o negócio, Dirley Ricci se tornou acionista da companhia, cujas ações dispararam na B3 no último ano. Ele foi vice-presidente da Locamerica até 2018, quando a companhia se fundiu com a rival Unidas criando a segunda maior locadora de carros do Brasil.

  • Raul Maselli

Posição no ranking: 306ª

Patrimônio: R$ 1,09 bilhão

Idade: 85

Fonte da fortuna: Panatlântica

A família Maselli é controladora da metalúrgica Panatlântica, criada em 1952 em Porto Alegre (RS). Hoje com sete fábricas, a empresa de aços planos produz desde bobinas e chapas a telhas e acessórios. A Panatlântica registrou uma das maiores altas da bolsa brasileira no último ano, com uma disparada de 340% em 12 meses.

  • Diniz Ferreira Baptista

Posição no ranking: 307ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,08 bilhão

Idade: 84

Fonte da fortuna: Setor financeiro

Cofundador do banco Modalmais, Diniz Ferreira Baptista é o maior acionista da companhia, que abriu seu capital na bolsa brasileira em abril deste ano. O Modalmais – ou Banco Modal – é um banco digital para investidores e teve uma participação adquirida pelo Credit Suisse no ano passado. Antes de criar o banco, Baptista foi sócio do Garantia, assim como outros fundadores do banco com sede no Rio de Janeiro (RJ). O empresário é o atual CEO do Modal.

  • Wilson Lemos de Moraes Junior

Posição no ranking: 309ª (empate)

Patrimônio: R$ 1,05 bilhão

Idade: 70

Fonte da fortuna: Supergaz

A família Lemos de Moraes é a controladora da WLM Participações e Comércio de Máquinas e Veículos, cuja cotação em bolsa dobrou no último ano. A origem da empresa está ligada à Supergaz, distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP), de Campinas (SP), que em 1968 se fundiu com a Gasbras, do Rio de Janeiro (RJ), criando a Supergasbras. Dona de uma grande frota de caminhões para transporte de gás, o grupo se diversificou nos anos 1970, ingressando no mercado de venda de veículos pesados. Esse é o principal foco da WLM hoje: a companhia tem uma rede de concessionárias da marca Scania, com unidades em vários estados. O grupo também tem forte presença no agro, com fazendas de gado e café em Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e São Paulo, além de um haras que é referência na raça Appaloosa.

  • César Pereira Dohler

Posição no ranking: 311ª (empate)

Patrimônio: R$ 1 bilhão

Idade: 52

Fonte da fortuna: Dohler

A família Dohler é controladora da empresa têxtil que leva o mesmo nome, com sede em Joinville (SC). A companhia foi criada em 1881 pelo imigrante alemão Carl Dohler e atualmente é uma das maiores fabricantes brasileiras de têxteis para cama, mesa e banho.

  • Miguel Abuhab

Posição no ranking: 311ª (empate)

Patrimônio: R$ 1 bilhão

Idade: 76

Fonte da fortuna: Neogrid

Um dos pioneiros do segmento de tecnologia no Brasil, o paulista Miguel Abuhab é o fundador da Neogrid, de Joinville (SC), que fez seu IPO na bolsa brasileira em dezembro de 2020. Criada em 1999, a Neogrid é especializada no desenvolvimento de softwares para gestão de suprimentos e estoques entre indústria e varejo. Ao longo dos últimos anos, a companhia comprou 14 empresas que atuam em áreas complementares ao seu negócio. A Neogrid atende a 130 redes de varejo e mais de 30 mil indústrias. Antes dela, Miguel Abuhab tinha criado outra companhia de tecnologia – a Datasul. Fundada em 1978, a empresa chegou a ser a maior companhia de software ERP no Brasil e foi negociada em bolsa até ser incorporada pela Totvs, em 2008. Miguel e a família são donos do Zaphira Fundo, que detém 50,36% das ações da Neogrid.

  • Ovandi Rosenstock

Posição no ranking: 311ª (empate)

Patrimônio: R$ 1 bilhão

Idade: 79

Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

Um dos cofundadores da metalúrgica catarinense Schulz, Ovandi Rosenstock é atualmente o CEO da companhia, além de grande acionista.